A pior parte: aquela que não hesita em se perder e em destruir a si mesmo em troca da ilusão demoníaca de estar conquistando o mundo inteiro. Escreve Paulo Polzonoff Jr.
20/06/2024 05:45
“líder de 200 milhões de brasileiros, num processo que teve a influência nefasta de outra lixarada”
Acredito na redenção. Acredito que até criminosos são capazes de se arrependerem. Por experiência própria, acredito na conversão. Mas ao ver duas falas recentes de Lula sobre o aborto, duas falas desse ser abjeto, esse canalha, esse monstro que só a muito custo chamo de “humano”, percebo quão débil ainda é a minha crença na redenção, no arrependimento e na conversão.
Numa entrevista recente, o degenerado que preside o Brasil disse, primeiro, que os bebês que nascem de estupros são monstros. Depois, ao se referir ao autor do PL 1.904, que trata o aborto de uma bebê de 22 semanas pelo que ele é, assassinato, Lula sugeriu que, se a filha do deputado Sóstenes Cavalcante fosse estuprada, ele seria a favor do procedimento homicida.
A canalhice retórica é evidente, mas se fosse apenas isso não seria nenhuma novidade. Lula é e sempre foi um vertedouro de asneiras. A diferença, neste caso, é que a asneira denuncia uma visão de mundo que vai muito além do esquerdismo, do marxismo, do progressismo ou de qualquer outra caixinha em que você queira incluir Lula e sua legião. Desta vez Lula mostra que, por inspiração do tinhoso, odeia a Criação e rejeita qualquer noção de amor que vá além daquilo que lhe ensinaram os súcubos consequencialistas.
Não, Lula. Não, lulistas que me leem e que em breve correrão para a caixa de comentários deste texto, usando pseudônimos ridículos porque, afinal, faz parte da cartilha diabólica abdicar da sua identidade única e divina e se manifestar por meio de imposturas. Não: bebês que nascem de estupros não são monstros. São bebês. São vida. São bem. São amor em potencial. “Onde não há amor, coloca amor e encontrarás amor”, diz São João da Cruz. Muito mais do que uma frase de agenda de adolescente, essa é uma verdade incrustrada em nosso coração. Isto é, para quem ainda tem um.
Legião aborteira
Lixo. Um homem que acumula dentro de si tudo o que as ideologias macabras têm de pior e que, graças a essa capacidade de absorver o que há de pior no ser humano, preside o Brasil pela terceira vez. Um lixo que acredita que o homem é meramente o lobo do homem. Um lixo que acredita, veja só!, um bilionário qualquer pretende colonizar Marte para ficar longe dos trabalhadores. Um lixo que se chama um bebê recém-saído do ventre materno de “monstro”. Que tipo de mente corrompida é capaz de dizer uma coisa dessas, meu Deus? – pergunto para o apartamento vazio e logo respondo: Lula. Lula que chafurda nos excrementos ideológicos do chiqueiro palaciano em que vive. Será que se dá conta, o pobre-diabo?
Mais do que isso, será que se dá conta de que, a despeito da maldade que nos rodeia e que se manifesta por meio de gritos histéricos de jornalistas-aborteiras que chegam até a chorar – a chorar! – pela vontade de matar um bebê, ainda há no mundo quem pratique o amor, o sacrifício, a abnegação de ou criar uma criança que seja fruto de uma violência ou então entregar essa vida, esse bem, esse amor em potencial a uma família que dele há de cuidar da melhor maneira possível? Que pergunta estúpida, a minha. Claro que não!
Lula e sua legião aborteira só querem saber de festa & prazer, de alegria, de dinheiro, de cosquinha nos genitais, de soluções fáceis para problemas complexos, de trocas de favores, de perversidades justificadas com o carimbo do Ministério da Saúde. Correndo o risco de soar repetitivo, repito: para essa laia, a ideia de uma vida de sacrifício está fora de cogitação. A Cruz, aquela que a gente aprende que tem que carregar, é tratada por essa gente com escárnio. Afinal, o diabo lhes promete mais: vida mansa, poder e até imortalidade – tudo sem o peso da madeira sobre os ombros.
Para finalizar, digo que não é à toa que Lula “Lixo” da Silva tenha sido feito líder de 200 milhões de brasileiros, num processo que teve a influência nefasta de outra lixarada, desde os tecnocratas e burocratas embriagados com a própria “astúcia” até milhões de anônimos que consagram suas vidas à ideia idiótica de prazer. Nisso, aliás, Lula tem razão quando disse recentemente que “não acaba” porque representa as aspirações de parte do povo brasileiro. A pior parte: aquela que não hesita em se perder e em destruir a si mesmo em troca da ilusão demoníaca de estar conquistando o mundo inteiro.
Por Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor.