TCE/MT – Sérgio Ricardo quer ação urgente para atender povos indígenas

O Presidente do TCE-MT se reuniu com a presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso solicitou um mapeamento da situação atual no estado

25/06/2024 06:07

“Há uma necessidade emergencial de uma política diferenciada para as nações indígenas de Mato Grosso”, salientou, conselheiro Sérgio Ricardo.

Conselheiro-presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, recebeu a Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso nesta segunda-feira (24). Foto: Tony Ribeiro/Secom-TCE

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, destacou a urgência de ações mais efetivas nas comunidades indígenas do estado, principalmente em relação à Saúde. Em reunião com a presidente da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt), Eliane Xunakalo, nesta segunda-feira (24), solicitou um mapeamento da situação em Mato Grosso.

“A líder indígena nos procurou em busca de ajuda. Há um número enorme de crianças morrendo por desnutrição, perdendo a vida por falta de comida, falta Saúde, têm muitos indígenas na fila para cirurgia, exames, consultas, temos noticias de suicídio nas aldeias. Então, há uma necessidade emergencial de uma política diferenciada, mais do que nunca, para as nações indígenas de Mato Grosso”, salientou Sérgio Ricardo.

Frente ao relatado, o conselheiro-presidente destacou que o Tribunal de Contas vai cobrar políticas públicas que atendam as necessidades das nações indígenas de Mato Grosso. “Nosso olhar é muito atento para todas as desigualdades do estado de Mato Grosso e claro que também vai ser para os povos indígenas.”

Conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, e a presidente da Fepoimt, Eliane Xunakalo. Foto: Tony Ribeiro/Secom-TCE

Conforme Eliane Xunakalo, Mato Grosso tem cerca de 60 mil indígenas hoje, divididos em 43 povos, além dos que vivem em isolamento. “Há uma necessidade de políticas públicas. A gente tem o povo Xavante, por exemplo, que representa mais da metade dos indígenas do estado, com uma pauta muito emergencial, pois estão sofrendo uma mortalidade infantil enorme em função de desnutrição e outras questões sociais.”

A presidente destacou as expectativas positivas a partir da reunião no Tribunal de Contas. “Saímos daqui otimistas de que vamos ter um diálogo em todas as esferas, para que a gente possa formar uma aliança em favor dos povos indígenas do estado e ter soluções e ações concretas, especialmente em relação à desnutrição infantil, que é a questão mais grave. Porque, quando você consegue realmente ter a comida da forma que você foi criado, dentro da sua cultura e consegue tem saúde, você consegue resolver os outros problemas.”