O Conselho de Política Monetária, que existe para combater a inflação e proteger o valor da moeda, vai ter de ficar de olho no crédito. Escreve Alexandre Garcia.
21/03/2025 09:44
“Não tem como não comparar: a Selic era de 2% em 2020, no governo Bolsonaro”

Comitê de Política Monetária do Banco Central subiu a Selic para 14,25% ao ano. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
A discussão econômica é sobre a taxa básica de juros, que subiu para 14,25% ao ano. Essa é a taxa que vigora nas operações entre bancos e que influencia os juros que nós pagamos. Está igualzinha à Selic de 2015, ou seja, Lula 3 está igual a Dilma 2. Excesso de gastos, descontrole… em 2015 a presidente ainda tinha curso de Economia; agora é Lula quem insiste em gastar, acha que gasto é investimento. Isso desequilibra as contas públicas e provoca desvalorização da moeda. Os bens que compramos têm sempre o mesmo valor; é a moeda que não consegue alcançar, porque perdeu valor graças à má gestão das contas públicas.
O Conselho de Política Monetária, que existe para combater a inflação e proteger o valor da moeda, vai ter de ficar de olho no crédito. O governo está falando de medidas populistas de expansão do crédito, como empréstimo consignado. Todo mundo vai se endividar, vai pagar mais juros, o dinheiro adiantado terá um custo mais alto, não vão conseguir pagar, vão ficar inadimplentes… é mais ou menos isso que se imagina. Isso expande a base monetária M2, que inclui o crédito, e estimula ainda mais a inflação, que já está quase no dobro da meta. A meta é 3%, a inflação está em 5,06%. Já passou do limite máximo de tolerância da meta. Não tem como não comparar: a Selic era de 2% em 2020, no governo Bolsonaro. Oscilou no ano seguinte, com toda a pandemia, com toda a campanha de teste para ver se o povo obedecia àquelas coisas que agora estão comprovadamente inúteis.
Aos poucos vamos descobrindo que fomos enganados sobre muita coisa na pandemia
Falando na pandemia, agora a ciência está dizendo que a máscara não adiantava nada para a Covid, só servia para você ficar respirando o mesmo ar que sai do seu pulmão. Imaginem o balconista, coitado, que ficava respirando o mesmo ar o dia inteiro. Eu sei disso porque os balconistas me diziam que terminavam o dia com dor de cabeça, faltando oxigênio no sangue, no cérebro. Lá nos Estados Unidos já se comprovou que o Anthony Fauci – um dos que foram perdoados pela caneta mágica do Biden – chutou uma distância e concluiu que o distanciamento tinha de ser de dois metros. Tudo chute.
Depois veio a vacina experimental. Todo mundo sabe, hoje, qual é a consequência. Digo isso para não esquecermos dos engodos em que caímos. Quem foi que meteu isso na sua cabeça? Você já responsabilizou quem convenceu você a sofrer durante a pandemia? Pois é. Diziam que não havia tratamento, e pessoas morreram sem tratamento. Mas eu acompanhei pacientes sendo tratados, não precisando de hospitalização, porque a cura era fácil e barata.
Republicanos nos EUA querem sanções para liberticidas brasileiros
O Partido Republicano, dos Estados Unidos, fez aniversário. Ele surgiu em 1854; foi instituído para combater a escravidão nos Estados Unidos, e agora está combatendo a falta de lei, a censura, o liberticídio. Então, os deputados republicanos, agora com a assessoria de Eduardo Bolsonaro, estão pedindo ao presidente Trump que considere a aplicação da Lei Magnitsky, feita para punir autoridades estrangeiras que atentem contra as liberdades e os direitos humanos. Elas não podem mais entrar nos Estados Unidos, nem ter qualquer tipo de negócio com qualquer empresa americana, seja banco ou qualquer outra coisa; se tiverem bens nos Estados Unidos, os bens ficam bloqueados.
Por Alexandre Garcia, colunas sobre política nacional publicadas semanalmente.