13/01/2011 17:28
A Associação das Transportadoras de Cargas de Mato Grosso (ATC) prevê reajuste de no mínimo 10% no preço do frete para o período de escoamento da produção, que começa em fevereiro. O aumento faz parte do calendário da categoria e visa equilibrar a alta no preço do combustível e demais custos com manutenção.
Mesmo com a elevação, o diretor de Logística da ATC, Maurício Galvão, diz que ela não corresponde ao que seria necessário para equiparar aos aumentos do óleo diesel. Segundo ele, neste período as empresas discutem quanto do que foi onerado nos últimos meses será repassado para o valor do frete. “Nos últimos 5 anos o diesel aumentou mais de 500% e o reajuste das transportadoras não corresponde a isso”.
Além do preço do combustível, outros fatores que compõem o preço do frete são a manutenção, o valor do caminhão e o salário dos motoristas. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, afirma que entende que as empresas precisam readequar a tabela de preços anualmente, mas considera que a diferença se torna prejuízo ao produtor. “Se ficar 10% mais caro, este é o percentual que é abatido da renda”, afirma ao explicar que o produtor não consegue repassar a variação para o produto.
Segundo Prado, o que não dá para entender é a inflação no preço do diesel. “O país produz e é alto suficiente, como pode haver tantos reajustes?”, questiona. Conforme Maurício Galvão, de R$ 3 a R$ 3,20 que era pago por tonelada/km de Rondonópolis ao porto de Paranaguá (PR) passará para R$ 3,60.