31/01/2011 08:38
O caminhão leva a matéria-prima até a indústria. Os funcionários começam o trabalho. Primeiro tiram a casca, de acordo com o tamanho e a espessura dos palmitos eles podem ser cortados em fatias, pedaços ou picados. Depois do corte são embalados a vácuo com a salmoura e seguem direto para câmara quente que ferve o palmito, garantindo o sabor e o tempo de validade que tem duração de 18 meses. Após esse processo é feito o armazenamento do produto para a comercialização nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.
Essa é a rotina diária da Indústria C.R Olivato, localizada em Indiavaí (375 km de Cuiabá) que conta atualmente conta com um quadro de 15 funcionários. A produção mensal de palmitos gira em torno de 35 a 40 toneladas entre babaçu (nativo da floresta) e pupunha em potes de 300 gramas e de 1,8 kg.
O proprietário, Celso Luis da Silva, explica que o palmito nativo da floresta, o babaçu, está prestes a ser extinto devido o alto consumo do alimento, por isso será preciso investimentos como plantar pupunha para colher em breve. “A demanda é muito grande. Os produtores vendem direto para a empresa que é considerada âncora, ou seja, a produção tem venda garantida”, ressalta Celso. Mato Grosso enfrenta dificuldades para atender a demanda interna.. “Infelizmente atendemos poucos Estados e só algumas cidades de Mato Grosso como Cáceres e Sapezal, porque a quantidade de matéria-prima é insuficiente para atender a todos. Recebemos um pedido de Barretos e tivemos que recusar porque não tinhamos como atender”, revela Silva.
O secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf-MT), Jilson Francisco da Silva, e o secretário adjunto de Agricultura Familiar, Clóvis Figueiredo Cardoso, estiveram visitando a empresa para identificar a realidade a fim de contribuir para o desenvolvimento e crescimento da indústria. “Por determinação do Governador Silva Barbosa, o Estado está investindo na agricultura familiar, A eta é incentivar mais produtores rurais na produção de pupunha. Assim a produção terá efeito cascata, com geração de emprego e renda no campo e na cidade, além de aquecer a economia do município”, destaca o secretário Jilson Francisco.