07/02/2011 09:01
Cerca de 5,5 milhões de estudantes voltam às aulas em escolas públicas de seis Estados, nesta segunda-feira (7) – São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Santa Catarina. As atividades serão retomadas em pelo menos 7.279 colégios, nos turnos da manhã, da tarde e da noite.
Só na cidade de São Paulo, quase 1 milhão de crianças e jovens voltam a estudar hoje em 2.470 colégios municipais e 1.400 creches. As aulas nas escolas são dadas em três horários: matutino, vespertino e no chamado turno da fome, entre 11h e 15h.
Com uma hora a menos de aula, o turno da fome (que cobre o horário do almoço) foi criado há 30 anos como forma de atender a toda a demanda escolar da capital paulista.
Em janeiro de 2009, a Secretaria Municipal da Educação anunciou que acabaria com esse turno em 2010, o que não ocorreu. No início deste ano, a medida foi adiada para 2012. Cerca de 16,4 mil alunos estudam nesse período, criticado por especialistas por ser na hora de uma refeição importante do dia e por ser mais curto do que o normal.
Os colégios paulistanos, no entanto, iniciam o ano letivo com uma novidade: aulas de recuperação paralela em matemática e língua portuguesa. A ideia, afirma a Secretaria Municipal da Educação, é ajudar os alunos com dificuldade de aprendizado nas duas áreas, conforme as matérias são ensinadas ao longo do ano.
A pasta não soube fazer uma previsão de quantos alunos farão o programa de recuperação nesse semestre.
Rio de Janeiro
A volta às aulas começa nesta segunda para 1,2 milhão de estudantes do Rio de Janeiro, matriculados em 1.466 escolas estaduais. São 51 mil professores na rede pública, segundo a Secretaria Estadual da Educação do Rio.
A data também marca o início do Programa de Educação do Estado, um pacote de melhorias e metas para cada unidade de ensino definidas segundo a realidade de cada turma de alunos e professores.
O Rio de Janeiro vai, pela primeira vez, adicionar um indicador de qualidade próprio, o Iderj, similar ao Ideb (Índice de Educação Básica) – que é calculado pelo MEC (Ministério da Educação) e mede o nível de ensino em todo o país.
O Estado prevê investimento anual de R$ 240 milhões em educação, apenas para valorizar os funcionários (diretores, professores, educadores e outros) que trabalham no setor. Está sendo criada, ainda, uma Escola Corporativa dentro da secretaria, com o objetivo de dar cursos específicos para até 10 mil professores.
Santa Catarina
No Estado catarinense, o ano letivo terá 200 dias de aula, com carga de 800 horas-aula para cerca de 700 mil alunos do ensino fundamental (equivalente ao antigo primeiro grau) e médio (igual ao antigo segundo grau).
A Secretaria de Educação de Santa Catarina fechou um convênio recentemente com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), no valor de R$ 55,6 milhões, para construir novas escolas de ensino médio.
As aulas caminham melhor quando os pais se envolvem no ensino, afirma o secretário da Educação, Marco Tebaldi, em nota oficial divulgada pela pastaq.
– O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas e participem do processo de aprendizagem.
Espírito Santo
Os estudantes capixabas encontram uma novidade na volta às aulas, implantada desde 2010: o ano letivo, de 203 dias, é dividido em trimestres e não em bimestres como em outros Estados.
São mais de 300 mil alunos em 553 escolas que irão voltar às aulas, segundo a Secretaria de Educação do Espírito Santo.
Os pais desses jovens irão desfrutar de um programa novo neste ano – o SME (Serviço de Mensagem Escolar), que permite ver as notas, faltas e outras informações escolares dos filhos via celular.
Quinta-feira
Nas escolas estaduais paulistas, as aulas voltam apenas na quinta-feira (10), três dias depois do início do ano letivo na rede municipal.
Cerca de 4,5 milhões de alunos retornam à rotina escolar nas 5 mil escolas do sistema do Estado de São Paulo.
Os jovens receberam kits para as aulas, que variam segundo o ciclo em que o aluno está matriculado – os colégios estaduais são, em geral, de ensino médio.
O conjunto básico é formado por caderno, caneta, lápis, apontador, borracha, régua e mochila. Cada um custou R$ 16,82 ao governo.