14/03/2011 07:57
No mês passado, a Abiove havia estimado a safra brasileira em 68,8 milhões de toneladas. Na temporada passada, o Brasil colheu um recorde de 68,7 milhões de toneladas.
Alta – A alta da previsão da Abiove ocorreu no mesmo dia em que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) também elevou a sua estimativa de produção de soja, em 1,5 milhão de tonelada, para 70 milhões de toneladas. Também nesta quinta-feira (10/03), o Ministério da Agricultura apontou ligeira alta na sua projeção para 70,3 milhões de toneladas. “Com as informações mais recentes de campo, de produtividade melhores, isso permitiu que a gente ajustasse a safra, o nosso número estava desatualizado”, afirmou o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.
Colheita – Quando a Abiove divulgou a sua última estimativa, em fevereiro, a colheita havia apenas começado. Atualmente, o Brasil já colheu cerca de um quarto de sua safra. Mas os números ainda não consideram eventuais perdas citadas por produtores de Mato Grosso do Sul, onde chuvas intensas ocorreram na última semana. “Não sei a extensão do nível de problema mostrado na TV, tem que esperar. De qualquer forma, Mato Grosso do Sul é menos importante em termos de produção, o volume não é tão expressivo como o Mato Grosso”, disse ele.
Mato Grosso do Sul – O Mato Grosso do Sul é o quinto produtor nacional, com safra estimada em pouco mais de 5 milhões de toneladas. Com base em uma safra maior no país, a Abiove elevou a sua expectativa de exportação do Brasil na atual temporada, para 31,5 milhões de toneladas, ante 31 milhões de toneladas previstas em fevereiro. Na temporada passada, o Brasil exportou 29,2 milhões de toneladas de soja.
Receita – Com maiores exportações, a estimativa de receita cambial com as vendas externas com complexo soja do Brasil (grão, farelo e óleo) foi elevada pra 22 bilhões de dólares, ante 21,8 bilhões previstos em fevereiro, um aumento de cerca de 5 bilhões de dólares ante a temporada passada, também por conta de preços mais altos dos produtos neste ano. “Aumentamos a exportação de grãos porque a China está firme, os Estados Unidos não vão ter produto para os próximos seis meses, e abriu uma janela interessante para o Brasil”, explicou Trigueirinho.