16/03/2011 13:03
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegará nesta semana ao Brasil para marcar “um bom começo” com a administração da nova mandatária brasileira, Dilma Rousseff, e com o mercado brasileiro e seu potencial para os exportadores norte-americanos.
Mike Froman, um dos conselheiros para assuntos econômicos internacionais do Conselho para a Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou, participou de uma coletiva de imprensa, que a questão energética para além da produção e consumo de etanol estará no centro da agenda de reuniões entre os dois chefes de Estado e seus respectivos ministros.
Segundo Froman, que anunciou detalhes da viagem de Obama pela América Latina, o Brasil é agora um “jogador maior” no cenário de produção de combustíveis, principalmente após as recentes descobertas de enormes reservas de petróleo e gás na camada do pré-sal.
Durante a coletiva, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, recordou que “o crescimento econômicos dos Estados Unidos é a “máxima prioridade” de Obama, e que este ponto será desenvolvido durante sua visita pela região, que inclui Chile e El Salvador.
Neste sentido, o conselheiro de assuntos econômicos destacou que “por volta da metade da população do Brasil é considerada de classe média”, o que “é um mercado para nós”.
Durante a coletiva, alguns jornalistas norte-americanos questionaram a o valor de promessa de Obama em se aproximar da América Latina diante das revoltas no Oriente Médio e das consequências dos desastres naturais no Japão.
Carney, por sua vez, respondeu que não faltarão discussões sobre essas questões e que chefe do Executivo norte-americano “tem condições de monitorar estes temas” apesar da distância do Brasil ou do Chile.
Obama suspendeu no ano passado uma visita que faria à Austrália e a Indonésia, primeiro por conta da votação sobre a reforma do sistema de Saúde e depois por causa do acidente com o petroleiro que provocou uma “maré negra” no Golfo do México. Em ambas ocasiões, os cancelamentos foram feitos por assuntos exclusivamente domésticos
A Casa Branca estima que as exportações norte-americanas ao Brasil alcançaram cerca de US$ 50 bilhões somente em 2010, o que serviu para “sustentar mais de 250.000 empregos” nos Estados Unidos, asseguraram as fontes.