18/03/2011 07:12
A avaliação é do gerente-executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.
“O Brasil pode ter suas vendas para o Japão afetadas, mas a região japonesa onde se concentram as principais indústrias não foi afetada pelo tsunami”, alertou o economista. Do lado oposto da corrente de comércio, acrescentou, a CNI ainda não tem informações sobre empresas brasileiras que estejam com dificuldade em receber peças e equipamentos de fornecedores japoneses.
Castelo Branco também disse acreditar que não deve haver eventuais chamadas de capital por parte de empresas japonesas em dificuldades às filiais brasileiras. “Não vejo grande possibilidade disso, porque o Japão tem muita liquidez e quem vai precisar de recursos é o governo, uma vez que os danos maiores ocorreram na parte de infraestrutura e de moradias”, completou.
Minério de ferro
A tragédia deve afetar também as exportações de minério de ferro, que representa metade do que é vendido pelo Brasil ao país. A curto prazo, pode ocorrer um adiamento e até a suspensão dos embarques, já que a logística está prejudicada, avalia o vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro. O desastre deve afetar os preços no mercado global. Pelo menos três siderúrgicas foram afetadas, o que pode provocar uma oferta adicional do minério no mercado “spot” (à vista).
“É possível que o minério que havia sido contratado por essas empresas seja direcionado ao mercado ´spot´, pressionando os preços “, diz o analista Carlos Kochenborger