Novo terremoto atinge o Japão

19/03/2011 12:06

Um terremoto de magnitude preliminar 6,1 atingiu o norte do Japão neste sábado (19), segundo informações da rede de televisão NHK, acrescentando que o epicentro do abalo foi próximo da usina nuclear de Fukushima, fortemente afetada pelo terremoto ocorrido há uma semana.

Não havia ameaças de tsunami e nenhum dano ou acidente havia sido relatado, segundo a NHK.

O Japão tem sido atingido por diversos abalos desde que um forte terremoto seguido por tsunami atingiu a costa nordeste do país em 11 de março, desencadeando uma crise de energia nuclear.

Também neste sábado (19), técnicos japoneses conseguiram religar o sistema de resfriamento nos reatores 5 e 6 da usina de Fukushima, e agora batalham para fazer o mesmo nos demais e retomar o funcionamento de cabos de energia fora de serviço. A intenção é bombear água para as piscinas onde ficam os reatores, em mais uma tentativa de conter o superaquecimento e o vazamento de radiação.

O acidente no Japão já é tão grave quando o de Three Mile Island, em 1979, nos Estados Unidos, de acordo com autoridades japonesas, usando a escala de classificação da AIEA.

Cerca de 300 técnicos trabalham no complexo de Fukushima, expondo a própria saúde ao perigo da radiação. Mais 100 homens se uniram à tarefa neste sábado. Aproximadamente 200 mil pessoas foram retiradas de um raio de 20 km ao redor da usina.

O complexo de Fukushima foi danificado pelo tsunami e pelo forte terremoto de 9 graus que atingiu o país há uma semana. O desastre deixou quase 7.000 mortos e mais de dez mil desaparecidos.

Governo

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse nesta sexta-feira estar convencido de que o país será “capaz de emergir da crise” após o terremoto.

Kan reconheceu que a crise nuclear da usina de Fukushima Daiichi é “grave”, mas se mostrou com esperanças de que “os problemas sejam resolvidos em breve”. Em seu discurso pela televisão, ao vivo, ele também fez um apelo à unidade dos japoneses e afirmou que “não há espaço para o pessimismo nesta crise”.

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