10/05/2011 17:57
Hoje a União Europeia anuncia uma proposta para acabar com os privilégios comerciais concedidos ao Brasil, antes considerado um país subdesenvolvido. Agora que o País está perto de se tornar a quinta maior economia do planeta, os europeus acreditam que o benefício não faz mais sentido.
Além dos possíveis efeitos que podem ter nas exportações medidas como essa, que podem ser tomadas também por Estados Unidos e Japão, o próprio mercado interno está cada vez mais dependente das importações, o que pode piorar ainda mais o resultado da balança comercial no médio prazo. Segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o aproveitamento da expansão de 4% no consumo aparente do Brasil é resultado de 64,1% das importações e 35,9% da produção nacional. Ou seja, de tudo o que é consumido hoje no País, mais de 60% é proveniente do exterior. Mais alarmante é o caso do setor de máquinas e equipamentos para fins comerciais e industriais, cuja demanda, na mesma análise temporal, ampliou-se em 18,5%, e tiveram 82,4% do aproveitamento suprido por empresas do exterior, frente a 17,6% da indústria brasileira.
Segundo o diretor do departamento de comércio exterior da Fiesp, Roberto Giannetti, a balança comercial de produtos manufaturados, deve encerrar este ano com déficit de US$ 100 bilhões, proveniente de exportações em US$ 89,3 bilhões e importações de US$ 187 bilhões em 2011.
Na primeira semana de maio, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 969 milhões na primeira semana de maio, segundo o Mdic.
Fonte:Portal do Agronegócio