20/05/2011 16:43
Principalmente, nestas duas ou três últimas safras, a cultura do milho, experimentou um novo patamar de produtividade, só antes alcançado por países considerados desenvolvidos e detentores de alta tecnologia, a exemplo dos Estados Unidos. Hoje, no Brasil, é comum encontrarmos produtores com médias acima de 10.000 kg/ha e até 12.000 kg/ha, chegando a patamares de 15.000 kg/ha.
Esta mudança vem sendo possível graças ao avanço tecnológico proporcionado pelo desenvolvimento de híbridos com genética superior, passando por novas tecnologias como o milho Bt, serviços e informações disponibilizadas e ao profissionalismo dos agricultores na adoção de práticas de manejo que proporcionem maior nível de respostas e segurança aos híbridos atualmente comercializados. Dentro deste contexto, tem sido fundamental, o papel das consultorias e profissionais da assistência técnica na difusão e avaliação das respostas oriundas do uso da combinação destas tecnologias.
Um e talvez o maior desafio para as empresas de sementes e as que desenvolvem tecnologias para as lavouras, era fazer acontecer no campo o que antes só acontecia nos ensaios. Era comum nos depararmos e recebermos questionamentos de agricultores e profissionais da assistência com relação aos motivos pelos quais não conseguia obter nas lavouras os mesmos resultados em produtividade alcançados nos ensaios. A grande maioria tinha como resposta o fato de que em parcelas ou pequenas áreas era possível manter todos os fatores sob controle. Mas que fatores eram estes, além dos híbridos selecionados, tão importantes e que asseguravam altas produtividades? A resposta aparentemente tão complexa, de fato não era. Um ensaio de pesquisa necessita de solo corrigido, plantio dentro da época ideal, plantio com qualidade de distribuição e quantidade de sementes, população de plantas uniformes até a colheita e em quantidade coerente com o híbrido e adequado com nível de fertilidade e condições de manejo e um bom controle de plantas daninhas e insetos. Em suma, planejamento e monitoramento do plantio até a colheita.
A aproximação ou igualdade dos resultados de pesquisa com os resultados de lavouras vem acontecendo principalmente após a correta adoção de algumas tecnologias. Esse fato vem sendo percebido principalmente nesses últimos anos e a explicação está na combinação de fatores como:
Desenvolvimento de uma genética superior fruto de um programa de melhoramento assistido pelo uso de marcadores moleculares cujos híbridos apresentam maior índice de respostas ao uso de tecnologias e práticas de manejo;
A introdução de novas tecnologias como o controle de insetos por meio da tecnologia Bt, a exemplo do Herculex I, hoje, considerada pelos agricultores a tecnologia Bt mais segura e estável, pois, segundo testemunho dos mesmos, controla as cinco principais pragas da cultura;
O uso de novas tecnologias como o tratamento industrial de sementes que conserva o stand da lavoura em número e qualidade das plantas submetendo-as a um menor estresse até a colheita. Isso proporciona melhores condições para cada planta individualmente responder ao ambiente e as práticas de manejo. É como cada funcionário da fábrica, no caso, as plantas de uma lavoura estivessem trabalhando na capacidade plena e em harmonia com as demais. Isso implica em todo um controle sobre o processo de qualidade;
Máquinas e equipamentos de maior qualidade e precisão que aliados a uma mão-de-obra melhor qualificada permite realizar plantios cada vez mais uniformes;
Agricultura de precisão que permite corrigir os solos no detalhe minimizando as possíveis interações negativas entre as plantas e o solo, elevando a resposta e expressão das plantas e possibilitando aumento de produtividade;
A adoção de práticas culturais como: aumento da população de plantas e níveis equilibrados de nutrientes que propiciem uma maior resposta e expressão genética dos híbridos modernos disponíveis no mercado.
Toda esta complexa cadeia de geração, difusão e adoção de tecnologia só é possível graças ao planejamento das empresas do setor do agronegócio, em especial a do setor de sementes. As empresas de sementes, por meio de seus programas de melhoramento, rede de testes, capacidade de análise das informações e um trabalho crescente de parcerias com os órgãos de pesquisa, cooperativas, associações, fundações de pesquisa, consultorias e profissionais da assistência técnica, tem como foco principal o agricultor, transferindo maior segurança aos mesmos e acelerando o processo de adoção de todas estas tecnologias.
Fonte:Portal do Agronegócios