Acordos setoriais podem encerrar crise com Argentina

28/05/2011 17:15

O assunto será discutido nos próximos dias por representantes dos diferentes setores que veem, no entanto, a alternativa com muita desconfiança.
O secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, viaja para os Estados Unidos nesta sexta-feira. Ele deve conversar por telefone na segunda-feira com o secretário de Indústria argentino, Eduardo Bianchi, para tentar marcar uma segunda rodada de negociações.
“O caminho mais viável para avançar no sentido de destravar as barreiras é voltar com o esquema de acordos de cavalheiros, pelos quais os fabricantes brasileiros se comprometem a enviar determinados volumes ao mercado argentino”, disse Maurício Claveri, analista da consultoria Abeceb.com. Ele avalia que a falta de propostas para solucionar o conflito marca as dificuldades do Brasil e da Argentina.
A ampliação, em fevereiro, das licenças não automáticas (LNA) e outras restrições não escritas a um universo de produtos brasileiros que representa 25% da pauta exportadora do Brasil produz um impacto grande. A resposta do Brasil de impor licenças não automáticas para os automóveis foi a pior represália que a Argentina poderia receber, já que afeta 60% de sua produção nacional de veículos, que são destinadas às exportações.
O especialista em Integração Regional Raúl Ochoa considera a possibilidade dos acordos de cavalheiros, mas opina que os dois países vão tratar de ganhar tempo porque a negociação é dura. “Esse é um momento complicado para ambas as balanças comerciais e nenhum vai ceder tão fácil. A tendência é de ganhar tempo até as eleições presidenciais argentinas, já que qualquer ação de política externa poderia influenciar na política interna, e tentar limpar a mesa depois do pleito eleitoral.”
Bianchi pediu à Teixeira que as licenças de importação de automóveis sejam liberadas em um prazo de quatro dias, mas o governo brasileiro ofereceu 10 dias. “Esse é o prazo que o processo de importação leva com licenças automáticas e é o mínimo que podemos oferecer à Argentina, como exceção à exigência das LNA que nos permite demorar 60 dias”, explicou uma fonte que participou das reuniões em Buenos Aires.
As montadoras argentinas insistem na anulação das LNA, mas como o Brasil se mostra decidido a não rever a medida, elas se contentam com o prazo de 10 dias. “Esse é um prazo que não chega a provocar impacto na indústria. O importante para nós é que o prazo não seja de 60 dias porque isso afetaria 20%, por mês, das nossas exportações”, explicou o secretário Executivo da Associação de Fabricantes de Automotores (Adefa), Fernando Canedo. Segundo ele, se os dois governos não se entenderem, o mercado brasileiro poderia sofrer pressões de preços nos carros, já que alguns modelos vendidos no País são produzidos pela Argentina.

O assunto será discutido nos próximos dias por representantes dos diferentes setores que veem, no entanto, a alternativa com muita desconfiança.
O secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, viaja para os Estados Unidos nesta sexta-feira. Ele deve conversar por telefone na segunda-feira com o secretário de Indústria argentino, Eduardo Bianchi, para tentar marcar uma segunda rodada de negociações.
“O caminho mais viável para avançar no sentido de destravar as barreiras é voltar com o esquema de acordos de cavalheiros, pelos quais os fabricantes brasileiros se comprometem a enviar determinados volumes ao mercado argentino”, disse Maurício Claveri, analista da consultoria Abeceb.com. Ele avalia que a falta de propostas para solucionar o conflito marca as dificuldades do Brasil e da Argentina.
A ampliação, em fevereiro, das licenças não automáticas (LNA) e outras restrições não escritas a um universo de produtos brasileiros que representa 25% da pauta exportadora do Brasil produz um impacto grande. A resposta do Brasil de impor licenças não automáticas para os automóveis foi a pior represália que a Argentina poderia receber, já que afeta 60% de sua produção nacional de veículos, que são destinadas às exportações.
O especialista em Integração Regional Raúl Ochoa considera a possibilidade dos acordos de cavalheiros, mas opina que os dois países vão tratar de ganhar tempo porque a negociação é dura. “Esse é um momento complicado para ambas as balanças comerciais e nenhum vai ceder tão fácil. A tendência é de ganhar tempo até as eleições presidenciais argentinas, já que qualquer ação de política externa poderia influenciar na política interna, e tentar limpar a mesa depois do pleito eleitoral.”
Bianchi pediu à Teixeira que as licenças de importação de automóveis sejam liberadas em um prazo de quatro dias, mas o governo brasileiro ofereceu 10 dias. “Esse é o prazo que o processo de importação leva com licenças automáticas e é o mínimo que podemos oferecer à Argentina, como exceção à exigência das LNA que nos permite demorar 60 dias”, explicou uma fonte que participou das reuniões em Buenos Aires.
As montadoras argentinas insistem na anulação das LNA, mas como o Brasil se mostra decidido a não rever a medida, elas se contentam com o prazo de 10 dias. “Esse é um prazo que não chega a provocar impacto na indústria. O importante para nós é que o prazo não seja de 60 dias porque isso afetaria 20%, por mês, das nossas exportações”, explicou o secretário Executivo da Associação de Fabricantes de Automotores (Adefa), Fernando Canedo. Segundo ele, se os dois governos não se entenderem, o mercado brasileiro poderia sofrer pressões de preços nos carros, já que alguns modelos vendidos no País são produzidos pela Argentina.

fonte: Portal do Agronegocio