30/05/2011 08:01
Ao contrário do presidente do diretório estadual do PP, secretário de Saúde Pedro Henry, o deputado Ezequiel Fonseca não demonstra confiança ao falar sobre o futuro político do partido em Mato Grosso. “Vamos ver o que vai sobrar e juntar os pedaços para seguir em frente”, reconhece o parlamentar, que passará a ser o único progressista na Assembleia, quando for iniciado o processo de filiação ao recém-criado PSD.
Ezequiel também dispensa a diplomacia e não responde se o clima entre os que saem e os que ficam no partido é de harmonia. “Na política as possibilidades são grandes”, se limita a dizer. Apesar disso, ele não estranha o fato de, em alguns municípios, integrantes do PP e do DEM estarem articulando futuras coligações com o PSD, como é o caso de Colíder, sob Celso Banazeski, que deixa o PR para integrar a nova legenda.
O PSD, criado pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (ex-DEM), está sendo organizado no Estado pelo presidente da Assembleia José Riva, que promete levar consigo boa parte dos progressistas. No Legislativo, por exemplo, o partido perderá, além do próprio Riva, os deputados estaduais Airton Português, Walter Rabello e Luizinho Magalhães e os federais Roberto Dorner e Neri Geller, assim como licenciado Eliene Lima, que está à frente da secretaria estadual de Ciência e Tecnologia.
No Executivo, a promessa também é de esvaziamento. Junto com o vice-governador Chico Daltro, boa parte dos 20 prefeitos progressitas também deve trocar de legenda, entre eles o de Chapada dos Guimarães, Flávio Daltro; de Juara, José Alcir Paulino; de Nova Santa Helena, Dorival Lorca; de Itaúba, Raimundo Zanon e o de Pontes e Lacerda, Milton Miotto.
Mesmo com a debandada, Ezequiel garante que o PP tem planos para as eleições de 2012. Em Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, o partido já conta com dois pré-candidatos. Os nomes, entrentanto, ainda permanecem em segredo.
fonte: Rd News