Copom vê inflação melhor, mas reitera ajuste prolongado

16/06/2011 12:22

O Banco Central apontou nesta quinta-feira que o cenário prospectiva para a inflação deu sinais de melhora, mas reiterou que o ajuste da política monetária por “período suficientemente prolongado” é a estratégia mais adequada para cumprir a meta em 2012.

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC ponderou também que o nível de incertezas no ambiente econômico está “acima do usual” e que a demanda interna ainda é robusta.

“O Copom pondera que, embora esteja em curso moderação, em ritmo ainda incerto, da expansão da demanda doméstica, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica”, avaliou.

No encontro da semana passada, o BC confirmou as expectativas do mercado financeiro e elevou o juro básico em 0,25 ponto percentual, para 12,25 por cento ao ano.

Pelo cenário de referência, com dólar a 1,60 real e Selic mantida no patamar anterior de 12 por cento, a projeção de inflação em 2011 recuou mas ainda estava acima da meta central de 4,5 por cento. No cenário de mercado, a projeção também caiu mas seguia acima da meta.

Para 2012, a projeção manteve-se estável no cenário de referência e no de mercado, acima do valor central da meta.

O BC elevou sua estimativa de reajuste dos preços de gasolina neste ano para 4,0 por cento, frente a 2,2 por cento na reunião de abril.

Sobre o cenário externo, o Copom citou evidências de moderação das principais economias, mas considera que a influência disso sobre a inflação doméstica é “ambígua”.

Na ata, o Copom também apontou que a política monetária é o instrumento mais adequado para evitar que as pressões inflacionárias se prolonguem e reafirmou que o poder dela “vem aumentando ao longo do últimos anos”.

“Embora reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços, o Copom reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”, acrescentou.

Fonte:Reuters

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