04/07/2011 22:04
Em maio, as exportações brasileiras de mel atingiram US$ 8,1 milhões e um volume de 2,58 mil toneladas, aumento de 98,26% em valor e 80,67% em peso na comparação com o mesmo período de 2010, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O preço médio pago pelo mel embarcado em maio foi de US$ 3,16, queda de 0,63% em relação ao mês anterior. Ainda em referência a abril, houve aumento de 0,17% no valor e 0,83% no volume exportado.
O diretor-geral da Central das Cooperativas Apícolas do Semiárido (Casa Apis), localizada em Picos (PI), Antônio Leopoldo, afirma em 2011 o Brasil terá uma safra recorde de 6 mil toneladas de mel. “Esse cenário positivo é a somatória do clima favorável, com boa distribuição das chuvas, e da demanda forte do mercado mundial”, explica. Ele salienta que hoje há redução na produção de mel no mundo, devido ao desmatamento. Este fator, junto ao crescimento da demanda no Brasil e no exterior, segundo Leopoldo, contribui para os números alcançados.
“Na maior parte do mundo não há área nativa para produção, o que para o Brasil significa um ponto positivo. Ainda temos muitas áreas disponíveis para crescer na produção de mel”, acredita. Ele lembra que a China é o maior produtor mundial do produto, mas que se trata de “artigo de baixa qualidade”.
Maiores compradores e vendedores
Os Estados Unidos foram o principal destino do mel brasileiro, com um total de US$ 5,7 milhões, respondendo por 70,3% da receita das exportações, ao preço de US$ 3,12 o quilo. A Alemanha ficou como o segundo mercado, com receita de US$ 1,5 milhão, o equivalente a 18,4%, pagando US$ 3,22 o quilo. O Reino Unido absorveu US$ 387,7 mil dessas vendas, oferecendo US$ 3,20 pelo quilo. Outros países importadores de mel do Brasil foram França, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Japão, China, Argentina, Hong Kong, Peru e Paraguai.
Na produção interna, São Paulo respondeu por 31,4% das vendas externas, com US$ 2,5 milhões. O Rio Grande do Sul veio em segundo lugar, com uma exportação de pouco mais de US$ 2,2 milhões, seguido por Piauí (US$ 1,3 milhão), Rio Grande do Norte (US$ 632.754), Ceará (US$ 612.704), Paraná (US$ 234.116), Minas Gerais (US$ 166 mil) e Santa Catarina (US$ 101 mil).
fonte: GR