22/08/2011 19:11
O mês de agosto tem sido marcado, fortemente, por fatos políticos e econômicos que afetaram e devem continuar a afetar os rumos das principais economias desenvolvidas e emergentes. A hesitação e a posterior decisão do congresso americano em aprovar a elevação do teto da dívida do país causaram turbulências nas bolsas de ações espalhadas pelo mundo. O medo de que países da Zona do Euro entrassem em falência e causassem um efeito dominó sobre os demais trouxe ainda mais pânico para os mercados.
Embora os mercados venham se acalmando, é certo que a intensidade e o volume dos investimentos e dos negócios nacionais e internacionais serão fortemente alterados e redirecionados. É bem provável que haja uma retração na economia global neste segundo semestre de 2011. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, mesmo o Brasil, cuja economia está mais sólida que a de outros países, deve sentir os efeitos do agravamento da crise nos Estados Unidos e na Europa. “Isso pode acarretar perdas ainda maiores de mercado para os produtos brasileiros no exterior e dificuldades no mercado interno, devido ao crescimento das importações”, afirmou o economista.
O “cenário econômico brasileiro segue estável”, segundo pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) – os números analisados geram a constatação de que o cenário econômico brasileiro segue sem muitas alterações, apresentando números moderados. A taxa do PIB (Produto Interno Bruto) total ficou na casa dos 3,9%, registrando um pequeno recuo já esperado. Para o mesmo período, em 2012, a expectativa é que este número gire na casa dos 4,1%. O PIB dos setores agropecuário, industrial e de serviços teve previsão de quedas para 3,9%, 3,6% e 4%, respectivamente.
Em relação à balança comercial, até julho, os resultados ainda foram positivos e espera-se que os efeitos das mudanças recentes não tenham maiores impactos. Em julho, as exportações brasileiras foram de US$ 22,252 bilhões e as importações, de US$ 19,117 bilhões e houve um superávit de US$ 3,135 bilhões. Na comparação pela média diária de julho do ano passado (US$ 803,3 milhões), as exportações aumentaram 31,9%. No acumulado do ano (145 dias úteis), o saldo comercial foi positivo em US$ 16,101 bilhões. O valor é 74,4% maior, na comparação com a média diária, que o registrado no mesmo período do ano passado, com superávit de US$ 9,230 bilhões.
Considerando os movimentos da economia mundial e nacional, a conjuntura de agosto de 2011 do Centro de Inteligência em Florestas continua a analisar e contextualizar os efeitos desses movimentos nos negócios florestais.
Fonte:Portaldoagronegócio