20/09/2011 09:25
Há um compromisso das operadoras de telefonia dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) para que, a partir de 1º. de outubro, elas ofereçam acesso a internet de 1 megabit por segundo (Mbps) a R$ 35 em centenas de cidades, diz o ministro. “Isso vai abrir um crescimento extraordinário.”
O ministro destaca na entrevista o projeto do governo de adotar gradualmente tablets nas escolas, em substituição aos livros didáticos, e a previsão de licitar os celulares de quarta geração (4G) em breve, previstos para funcionar na Copa de 2014.
Bernardo prevê, ainda, grande crescimento na oferta de TV por assinatura e consequente queda de preço, depois que o mercado foi aberto para as empresas de telefonia e provedores de internet, no mês passado. “O consumidor vai ganhar.”
O ministro não evita comentar temas espinhosos que passam pela sua pasta, como o debate no Congresso para elaboração de um marco regulatório para a internet no Brasil e a regulação da mídia eletrônica – ambos necessários, segundo Paulo Bernardo.
Com relação à greve nos Correios, estatal ligada ao Ministério das Comunicações, o ministro diz que os trabalhadores e sindicatos estão “completamente equivocados” e avalia que a empresa perde mercado para as concorrentes privadas de logística.
Sobre impostos no setor de telecomunicações, o ministro antecipa um pacote de desonerações que vai reduzir em cerca de 10% os investimentos no setor e aponta a perspectiva de acordo com todos os Estados e o Distrito Federal para isentar de ICMS a banda larga popular.
O ministro fala ao iG sobre as diferenças entre os perfis de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministro do Planejamento, e de Dilma Rousseff, e comenta, ainda, a nomeação de sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), para a chefia da Casa Civil. “Detratores dizem que eu era mandado em casa e agora sou mandado no governo, mas isso é uma calúnia”
Fonte:IG