02/12/2011 09:25
A injecção concertada de liquidez concertada pelos bancos centrais reduziu a pressão no mercado da dívida e deu alguns ganhos aos mercados accionistas.
Ontem, os mercados da dívida soberana europeia respiraram de alívio. Habituados a ver as ‘yields’ das obrigações a atingirem níveis recorde, os investidores viram-nas deslizar durante a última sessão. À excepção da Grécia, os principais mercados envolvidos na turbilhão da crise da dívida soberana estavam a corrigir. Em Itália, por exemplo, o valor das ‘yields’ da dívida a 10 anos seguiam abaixo da barreira dos 7%, o que já não acontecia desde o dia 23 de Novembro. Em Espanha, o mesmo cenário vislumbrava-se em todos os prazos, sendo que para o caso da dívida a 10 anos, os juros cotavam abaixo da barreira dos 6%, o que já não acontecia desde 11 de Novembro. O mesmo cenário assistiu-se em França, com as ‘yields’ a 10 anos a registarem a maior queda em 20 anos (27 pontos base). Em Portugal, também os juros a 10 anos caiam 6,6 pontos base- para os 13,39%, apesar dos ‘spreads’ da dívida portuguesa terem atingido um novo máximo, de 1.180,6 pontos, face à divida alemã.
Estas correcções aconteceram no mesmo dia em que dois países europeus importantes testaram o mercado com a concretização de leilões de dívida. Foi o que se passou com Espanha e França. Em qualquer dos casos, o resultado da colocação foi positivo. A França vendeu 4,3 mil milhões de obrigações com maturidades entre 2017 e 2041. Foi um valor inferior ao máximo previsto, mas as taxas exigidas pelos investidores ficaram abaixo dos 4% e desceram face às últimas emissões comparáveis. Já Espanha vendeu 3,75 mil milhões de euros, conseguindo colocar o montante máximo previsto para a operação.
Fonte:Economico