24/05/2012 09:10
Cresceu a liberação de recursos para a agricultura familiar em Mato Grosso. Tornou-se 21% maior entre os meses de julho de 2010 a março de 2011 na comparação com julho de 2011 a março de 2012, indicou um balanço da Superintendência do Banco do Brasil. O volume destinado a financiar ações no campo avançou de R$ 205,9 milhões para R$ 248,6 milhões.
O maior aumento incidiu principalmente na busca de recursos para custear a atividade agrícola. Ou seja, adquirir todos os insumos necessários para as safras de produtos destinados à alimentação do mato-grossense. Passaram de R$ 65,9 milhões a outros R$ 86,8 milhões no período, indicou a instituição financeira.
Mas ao avaliar a quantidade de contratos fechados, tem-se o quesito investimento como o de maior procura. Foram liberados R$ 161,8 milhões entre julho de 2011 a março de 2012, frente a R$ 139,9 milhões da safra anterior. “A agricultura familiar está crescendo em Mato Grosso. É a chamada política de inclusão produtiva”, diz Edson Anelli, gerente de Agricultura Familiar do Banco do Brasil.
Representante da instituição financeira destaca que o volume de liberações poderia ser ainda superior, não fosse o endividamento da agricultura familiar. Estar em débito implica em uma série de consequências, entre elas a impossibilidade de pleitear novos recursos para a atividade.
Em Mato Grosso são 65.851 mil contratos passíveis de serem renegociados, conforme a superintendência. O secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural do Estado (Sedraf), Renaldo Loffi, diz que o segmento tem potencial a ser despertado, especialmente em atividades ligadas à produção de frutas, legumes e verduras.
O governo do Estado quer mapear todas as atividades realizadas na unidade federada. “A agricultura familiar ainda tem muito a avançar, apesar de todo trabalho já realizado, tendo em vista que um dos fatores que influencia isso é a regularização do produtor”, destacou Loffi, ao Agrodebate.
O estado quer, nos próximos anos, tornar-se autossuficiente na produção de alimentos que chegam à mesa da população. Atualmente, 70% dos produtos originam-se de outras unidades federadas.
“Temos a possibilidade de fazer com que o estado seja autossuficiente para a produção de leite, frutas, verduras e legumes. Abastecer nosso mercado e ainda exportar”, destacou o secretário-adjunto.
Aposta em cadeia como a do leite, que somente entre os anos de 2008 a 2012 aumentou de 800 mil litros para 2 milhões de litros/dia. O estado tem 141 mil famílias ligadas à agricultura familiar.
Fonte:Portaldoagronegócio