01/05/2013 13:51
O ministo do Trabalho, Manoel Dias (PDT), afirmou nesta quarta-feira (1º), durante as comemorações do Dia do Trabalho em São Paulo, que “não considera necessária” a reivindicação do deputado Paulinho da Força (PDT) de criar um mecanismo de indexação dos salários dos trabalhadores.
“Não considero hoje necessário. Se for necessário, já tivemos. Mas por outro lado ele pode estimular a inflação. Tem que ser muito bem discutido”, afirmou ao chegar ao 1º de Maio Unificado, evento organizado pela Força Sindical em parceria com outras centrais.
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Em atrito com o governo, Paulinho, líder da Força Sindical, defendeu a realização de uma campanha para instituir reajustes trimestrais aos salários, atrelados à inflação.
A medida foi defendida em artigo publicado hoje na Folha e diz que a inflação corrói o poder de compra e impõe sacrifícios às pessoas de menor renda.
O ministro, no entanto, não quis detalhar os riscos que vê com a medida. “Não acho nesse momento nada, porque eu ainda não tenho conhecimento dessa proposta, mas eu acho que ela é uma hipótese. Não sou da área econômica, sou politico”, afirmou.
Dias também falou sobre as críticas recorrentes de sindicatos à presidente Dilma Rousseff, de que ela não recebe os trabalhadores para discutir reivindicações. “Ela é comprometida com essas causas. [Mas] os trabalhadores têm que pedir mais, eles têm que querer se reunir toda a semana com a presidenta.”
O ministro afirmou ainda que Dilma deve receber líderes de centrais no próximo dia 14, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Dias participa na manhã desta quarta da festa do “1º de Maio Unificado”, promovido por quatro centrais sindicais na zona norte de São Paulo. Além dele, são esperados no evento o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência). (PAULO GAMA E DIÓGENES CAMPANHA).
Fonte: Folha de S. Paulo