Dólar fecha em R$ 2,273, maior valor desde 2009; Bolsa ganha quase 1%

10/07/2013 22:02

cotação do dólar comercial fechou em alta de 0,48% nesta quarta-feira (10), a R$ 2,273 na venda, o maior valor de fechamento desde 1º de abril de 2009 (R$ 2,28). A valorização acumulada em 2013 já chega a 10,98%.

No meio da tarde, quando a moeda norte-americana passou de R$ 2,28, o Banco Central realizou um leilão equivalente à venda de dólares no futuro. Após a intervenção, a alta da moeda desacelerou.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga hoje, depois do fechamento do mercado, a taxa básica de juros (Selic) e os próximos passos da política monetária.

Bolsa sobe, acompanhando cenário externo

Bovespa fechou no azul, com alta de 0,9%, aos 45.483,43 pontos.

Segundo operadores, o movimento indica um ajuste ao mercado externo. Na véspera, as Bolsas internacionais subiram, mas a Bovespa ficou fechada devido ao feriado no Estado de São Paulo.

Entre as maiores altas, destaque para as ações da OGX (OGXP3), depois que Eike Batista anunciou a renegociação de dívida com um fundo árabe; e da Copel (CPLE6), depois que a Aneel autorizou a distribuidora a aumentar suas tarifas em 9,55% neste ano.

OGX e Copel disparam; Oi tem queda

A ação da OGX (OGXP3) teve a maior alta do Ibovespa, e subiu 13,46%, a R$ 0,59. A ação da Copel (CPLE6) ganhou 7,85%, a R$ 29,80. A companhia aérea Gol (GOLL4) fechou com ganhos de 7,12%, a R$ 6,92.

No extremo oposto, as ações da Oi tiveram as maiores baixas: a ação ordinária (OIBR3), que dá direito a voto, perdeu 4,77%, a R$ 3,79; a ação preferencial (OIBR4), que dá prioridade na distribuição de dividendos, recuou 4,68%, a R$ 3,46.

Entre as ações de maior peso no principal índice da Bolsa, a preferencial da Vale (VALE5) subiu 1,38%, a R$ 26,44; e a preferencial da Petrobras (PETR4), ganhou 1,54%, a R$ 15,21.

BC dos EUA acalma mercados sobre fim de estímulo

Embora tenha aumentado o consenso dentro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) em junho sobre a provável necessidade de começar a reduzir as medidas de estímulo econômico em breve, muitos membros querem mais garantias de que a recuperação do emprego está sólida antes de iniciar a desaceleração das compras de ativos.

Os mercados financeiros convergiram para setembro como a data do provável início da redução no ritmo de compras mensais de títulos no valor de US$ 85 bilhões, mas aata da reunião de junho do Federal Reserve sugere que essa pode não ser uma aposta certa.

Bolsas internacionais

Os principais índices da Bolsa de Nova York fecharam com poucas variações. Os investidores avaliavam a divulgação da ata do Fed, pesando os sinais sobre o fim do estímulo econômico.

O Dow Jones fechou praticamente estável, com leve queda de 0,06%, a 15.291 pontos. O Standard & Poor’s 500 também ficou quase estável, com leve alta de 0,02%, a 1.652 pontos. A Nasdaq subiu 0,47%, a 3.520 pontos.

As ações europeias fecharam em leve alta em um pregão com poucas negociações, lideradas pela marca de luxo Burberry, embora dados comerciais fracos da China tenham pesado sobre mineradoras.

O índice FTSEurofirst 300 avançou 0,1%, a 1.190 pontos, liderado pela alta de 4,8% da Burberry, que manteve suas previsões de desempenho para o ano e anunciou uma alta de 18% na receita das vendas no varejo no primeiro trimestre.

Em Londres, o índice Financial Times caiu 0,12%, a 6.504 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,11%, para 8.048 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 fechou quase estável, com leve queda de 0,08%, a 3.840 pontos.

As ações chinesas subiram com força e impulsionaram as Bolsas asiáticas, com operadores citando rumores de que o banco central da China pode afrouxar a política para impulsionar o crescimento depois que as exportações do país caíram pela primeira vez em 17 meses.

O índice chinês CSI300 avançou 2,84%, devido aos rumores de afrouxamento. O índice Nikkei, do Japão, teve queda de 0,39%. Hong Kong e Xangai subiram 1,07% e 2,17%, respectivamente.

Seul caiu 0,34%. Taiwan, Cingapura e Sydney tiveram altas de 0,51%, 0,30% e 0,40%.

Fonte: Folha de São Paulo

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