Após enquadrada de Dilma, ministro declara apoio para nome do PMDB

13/05/2014 00:05

Após a polêmica nos bastidores da política dando como certa sua articulação para indicar o candidato a vice governador na chapa do senador Pedro Taques (PDT), o que representaria uma traição ao grupo político do qual pertence, o ministro da Agricultura, Neri Geller, vai participar do ato do PMDB que vai oficializar a pré-candidatura do ex-juiz federal, Julier Sebastião da Silva (PMDB), ao governo de Mato Grosso. O ato será realizado no dia 16 de maio, no Cenarium Rural.
A intenção é eliminar de vez qualquer comentário a respeito de uma traição aos planos do PMDB. Conforme dito nos bastidores, com aval do senador Blairo Maggi (PR), responsável pela indicação ao cargo de primeiro escalão do governo federal, Neri Geller estaria exercendo papel estratégico para colocar o atual presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja), Carlos Fávaro, como vice-governador na chapa de Taques.
Os comentários a respeito de tal articulação incomodou a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, uma vez que, Taques é oposição à sua gestão, e caminha com partidos de oposição como PSDB, DEM e PPS para concorrer ao governo do Estado. Ela teria, inclusive, telefonado para o ministro nesta segunda-feira questionando as informações da suposta traição.
Inicialmente, uma entrevista coletiva estava marcada às 16h30, em Sorriso, onde Geller marcou presença para participar da ExpoSorriso, Exposição Agropecuária, comercial e industrial do município que é uma das referências do país na produção de soja.
O presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, afirmou que estava incomodado com os comentários. “Desde que o Carlos Fávaro foi apontado como opção de vice na chapa do Pedro Taques apareceu esses comentários. O que sei é que o Neri Geller e o Fávaro são sócios em atividades agrícolas. A ligação é bastante profunda, agora se isto é verdade ou houve alguma articulação neste sentido, não posso assegurar”, declarou, em entrevista ao FOLHAMAX.
Bezerra ainda criticou duramente esses comentários e diz repudiar tal atitude. “Se houver algo neste sentido é um absurdo. Em atividade empresarial pode sim ser sócio, mas se tratando de política partidária, é cada macaco no seu galho”, disse.
O senador Blairo Maggi (PR) embora tenha reiterado que não é candidato, tem se articulado para garantir espaço nos grupos políticos da oposição e situação. Nos bastidores, acompanha de perto toda a articulação e foi um dos responsáveis em transferir seu afilhado político, Adilton Sachetti, ex-prefeito de Rondonópolis, do PDT para o PSB já vislumbrando a possibilidade de ter influência na composição da chapa a ser encabeçada por Taques, com aval do prefeito Mauro Mendes (PSB).

Fonte: FolhaMax

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