“Viúvas” de Blairo prejudicaram definição de candidato, diz Rabello

11/06/2014 12:51

O líder da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Rabello, acredita que a insistência dos membros do arco de aliança do governo em lançar o nome do senador Blairo Maggi (PR), na disputa ao Palácio Paiaguás, prejudicou o grupo situacionista.

Na opinião do social-democrata, os partidos já deveriam ter definido os nomes da disputa majoritária. Ele acredita que, nesse ponto, a oposição saiu na frente.

“O Pedro Taques está bem nas pesquisas em função do trabalho dele no Senado. Agora, o Blairo estaria bem, caso tivéssemos o nome dele colocado? Essa pergunta fez mal ao arco de aliança, porque ficamos dependentes de uma resposta do Blairo”, explicou.

O PR era considerado, até abril, a “noiva da vez”, entre os dois grupos que devem disputar o Paiaguás.

O partido era “assediado” pelo grupo do pré-candidato e senador Pedro Taques (PDT) para deixar a situação. Já no arco do governador Silval Barbosa (PMDB), o nome de Blairo era almejado para suceder o peemedebista.

Porém, a quinta fase da Operação Ararath, deflagrada no final de maio pela Polícia Federal, deixou a situação complicada para os republicanos e tirou de cena o nome de Maggi das discussões políticas.

Rabello classificou a demora na definição do pré-candidato ao Governo como “preocupante”. “Nós não podemos ficar parados, sem saber responder quem é o nosso candidato, isso é uma situação que preocupa. Em outras eleições, uma hora dessas, você já sabia quem eram os candidatos da majoritária. O arco de aliança do governo tem a obrigação de ter um entendimento o mais rápido possível”, asseverou Rabello.

O grupo do deputado tenta emplacar o nome do vice-governador Chico Daltro (PSD). A legenda afirmou, durante encontro dos líderes dos partidos que compõe a base, que não tem intenção de recuar do projeto eleitoral.

Além disso, os nomes do ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB) e do ex-vereador de Cuiabá Lúdio Cabral (PT) também já foram apresentados para o comando do Paiaguás.

Para Rabello, o grupo está “apático” nas conversas e não conseguiu avançar no último encontro.

“Fizemos uma reunião que foi produtiva, mas saiu do mesmo jeito que entrou. A única coisa que ficou decidida foi que quem estiver melhor, quem agregar mais será o candidato. Mas nós já tínhamos que ter essa avaliação há muito tempo”, criticou o deputado.

O parlamentar acredita que, mesmo com a majoritária praticamente definida na oposição, Taques tem vantagem apenas por ora. “Taques tem vantagem popular, de acordo com as pesquisas, mas isso não quer dizer que a eleição vai ser um passeio. Hoje, ele se encontra em uma situação privilegiada, mas quando começar o jogo vai ser outra situação”.

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