23/06/2014 13:02
Pré-candidato ao governo de Mato Grosso, o ex-vereador Lúdio Cabral (PT) tem focado suas críticas no desempenho da saúde pública de Cuiabá. Embora seja reforçada de cunho social, trata-se também de uma estratégia política que visa atingir diretamente e desgastar simultaneamente dois de seus adversários políticos que são o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) e o senador Pedro Taques (PDT), também pré-candidato ao governo do Estado.
Médico sanitarista e servidor público municipal e estadual na área da saúde, Lúdio Cabral tem sua base política formada pela relação mantida com sindicatos, universitários e outros, porém, servidores da saúde pública estão também alicerçados em seu projeto político.
Por conta disso, profissionais da saúde que tem vínculo com o PT tem se utilizado de redes sociais para disparar críticas ao sistema de saúde pública em Cuiabá e a estrutura deficiente do Pronto Socorro Municipal.
O petista tem criticado o desempenho do secretário municipal de saúde, Werley Peres, suplente de vereador pelo PDT e indicado a cargo pelo senador Pedro Taques.
Um dos principais alvos da crítica é que Mendes e Taques, que pregaram na eleição de 2012 o discurso de construir uma gestão meramente técnica visando resultados positivos, fracassou e em nada alterou a estrutura do sistema de saúde pública.
Isso porque, na visão de Lúdio Cabral, o PDT é responsável pelo loteamento de cargos na secretaria municipal de saúde e sem focar em programas de melhorias ao cidadão.
Outro ponto bastante criticado é o fato de o município não ter aderido ao programa “Mais Médicos” do governo federal, responsável pelo envio de profissionais cubanos para auxiliar o atendimento médico.
O discurso crítico de Lúdio Cabral, que em 2012 concorreu a prefeito de Cuiabá e elencou ações na saúde pública como prioridades em seu plano de governo, também desperta preocupação em parte de seus apoiadores que temem ser vistos como “mera politicagem”.
Isso porque, na esfera estadual, o PT comanda a Seduc (Secretaria de Estado de Educação) desde o segundo mandato do ex-governador Blairo Maggi e não consegue ofertar qualidade no setor. Estudantes de Mato Grosso figuram na lista dos piores nas avaliações do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), feito anualmente pelo Ministério da Educação (MEC).