“As coisas do outro lado da ponte têm que funcionar”

23/04/2015 17:31

O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), fez críticas à gestão do Município de Várzea Grande, sob o comando do prefeito Walace Guimarães (PMDB).

Mendes afirmou que os problemas de gestão na cidade vizinha estão comprometendo os serviços públicos ofertados na Capital, especialmente na área da Saúde.

Ele citou como exemplo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial, que permanece fechada.

“Do outro lado da ponte as coisas tem que funcionar, senão sobrecarrega o atendimento em Cuiabá” “Temos que cobrar a Prefeitura de Várzea Grande que ative a UPA. A unidade está há mais de um ano pronta e os gestores não conseguem colocá-la para funcionar”, afirmou o prefeito, durante a expedição “Novos Caminhos” da Prefeitura, na terça-feira (21).

O prefeito disse que o não funcionamento da UPA em Várzea Grande está sobrecarregando o atendimento em várias unidades, como o Pronto Socorro e as UPAs da Capital.

Apesar de não citar o nome de Walace Guimarães, Mendes afirmou que “do outro lado da ponte, as coisas têm que funcionar, senão sobrecarrega Cuiabá”.

O prefeito observou, ainda, que 50% do atendimento no Pronto Socorro de Cuiabá são ofertados à população de outros municípios – inclusive e principalmente, Várzea Grande.

“Se o Pronto Socorro não atendesse todo esse contingente que vem de fora, a situação seria mais tranquila, mas, infelizmente, não é assim que funciona. Graças a Deus, o governador [Pedro Taque] está ajudando a pagar essa conta. Não é justo Cuiabá pagar sozinha”, disse Mendes.

O prefeito disse,ainda, que metade do atendimento na Policlínica do Verdão é ofertado a moradores de Várzea Grande.

“Atender, nós temos que atender a todo mundo. Agora, não podemos pagar a conta sozinhos”, completou.

Walace Guimarães já deu declarações dizendo que a Saúde de Várzea Grande é que estaria sobrecarregada UPA VG

A Unidade de Pronto Atendimento de Várzea Grande ficou pronta no final de 2014, mas ainda não está em funcionamento. Os recursos para a construção da unidade somaram R$ 3,5 milhões.

No entanto, o prefeito Walace Guimarães afirmou, em entrevistas recentes, que o município não possui os recursos necessários para equipar a unidade e mantê-la em funcionamento.

Estimativas apontam a necessidade de R$ 1,5 milhão para equipar a unidade e R$ 1,3 milhão para custeio.

“Guerra”

Recentemente, Walace Guimarães também chegou a alegar que o atendimento no Pronto Socorro de Várzea Grande é que estaria sobrecarregado.

Segundo ele, isso estaria acontecendo pelo fato de a unidade ser de “portas abertas”, ao contrário do Pronto Socorro da Capital, que atende casos de urgência e emergência.

O peemedebista chegou, inclusive, a criticar a falta de repasses do Governo Estadual e afirmou que estaria pensando na possibilidade de transformar o atendimento no Pronto-Socorro de Várzea Grande também em “portas fechadas”.

Fonte: Midia Nwes

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