Cuiabá tem 124 prédios em construção

31/03/2015 14:55

Depois de atingir a projeção feita para os últimos três anos, o mercado imobiliário continua aquecido em Cuiabá. De 2012 até o ano passado, 11.199 apartamentos em 240 prédios foram entregues na capital e, atualmente, 124 obras estão sendo construídas, com previsão de conclusão até 2017. Esses novos prédios têm 6.394 moradias, que custam de R$ 170 mil a valores acima de R$ 800 mil.

Diferente do que o previsto, os preços dos imóveis não caíram após a Copa do Mundo, em junho do ano passado, segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi).

“Essa informação não tinha fundamento e os imóveis continuam valorizando”, afirmou o presidente do sindicato, Marco Pessoz. Segundo ele, os preços dos imóveis quadruplicaram nos últimos quatro anos. Contudo, o reajuste ocorreu para corrigir a desafagem acumulada em 10 anos. “O valor foi recuperado, por que já tinha 10 anos que estava parado”, pontuou.

Nos prédios considerados de classe ‘A’, com tamanho acima de 170 metros quadrados, o metro quadrado custa até R$ 5,8 mil. Prédios com essa metragem correspondem a 16% do total de obras realizadas na capital nesse período.

Já da classe ‘B’, os imóveis entre 100 e 160 metros quadrados, o preço fica em torno de R$ 5 mil o metro quadrado. Com esse porte, tem 27 empreendimentos em fase de construção, o correspondente a 32% das obras executadas na cidade.

A maioria dos imóveis comercializados tem tamanho entre 60 e 90 metros quadrados e são considerados de classe ‘C’. Um total de 42% das obras executadas e ainda em construção possuem essa metragem, cujo preço não passa de R$ 4,3 mil.

Já o metro quadrado de imóveis de classe ‘D’, com até 55 metros quadrados, custam R$ 3 mil em média. Apenas 10% dos apartamentos construídos em Cuiabá são desse tamanho.

O sindicato do setor avalia que esse aquecimento no mercado mesmo diante da valorização dos imóveis é resultado não só do mundial de futebol, mas da melhoria da situação financeira da população e da facilitação para o financiamento. “A Copa também contribuiu, mas a situação macroeconômica que proporcionou isso”, disse Pessoz.

Um dos problemas enfrentados pelo setor é a falta d’água em algumas regiões, principalmente nas regiões mais distantes. Como na região central de Cuiabá, o espaço para novas construções está limitado, os condomínios começaram a contribuir com a expansão da cidade. Na saída de Cuiabá, no sentido Chapada dos Guimarães, município que fica a 65 km da capital, por exemplo, vários residenciais já foram construídos e outros ainda estão em obras.

Contudo, as áreas não tem infraestrutura, principalmente no que diz respeito ao esgoto e encanamento de água. Por causa disso, tem muitos projetos parados. “Muitos projetos não são aprovados pela CAB [concessionária de água] porque é preciso fazer investimentos e eles não estão dispostos”, de acordo com o presidente do sindicato que representa o setor, as construtoras.

O levantamento do Secovi aponta que a região que mais cresceu na capital foi a Oeste, nas proximidades do Centro. De 2014 a 2017, já foram e ainda estão sendo construídos 82 torres com 4.985 apartamentos nos bairros Santa Rosa, Jardim Cuiabá, Jardim Mariana, Despraiado, Alvorada, Cidade Alta, Barra do Pari e Quilombo, nessa região.

A segunda com maior número de prédios novos é a região Leste. Um total de 4.674 novas unidades em 56 prédios são construídas nos bairros Poção, Baú, Jardim Imperial, Novo Horizonte, Dom Aquino, Jardim Paulista e Boa Esperança.

Já na região Sul, um total de 1.436 apartamentos em 41 prédios deverão ter sido entregues até 2017. As novas construções estão espalhadas pelos bairros Parque Atalaia, Parque Cuiabá, Residencial Coxipó, Pascoal Ramos, Jardim Industriário, Tijucal, Altos do Coxipó, Parque Ohara, Nossa Senhora Aparecida, Pedra 90, Nova Esperança e São João Del Rey.

A região Norte, por sua vez, foi a que menos ganhou novos prédios. Ao todo, 13 torres foram construídas em condomínios localizados nos bairros Jardim Vitória, Centro Político Administrativo, Morada da Serra, Morada do Ouro e Três Barras.

Entre 2013 e 2017, Várzea Grande, na região metropolitana da capital, passará a ter sete novos condomínios, localizados nos bairros Alameda, Ponte Nova, Jardim Aeroporto, Ipase e Nova Várzea Grande. Esses condomínios possuem 49 torres e 2.152 apartamentos.

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