Presidente G.Maluf quer aproximar AL dos municípios

08/05/2015 13:06

O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), avaliou nesta quinta-feira (7), os quase 100 dias à frente da Casa de Leis e afirmou que intensificará a aproximação entre o Poder Legislativo Estadual e o interior de Mato Grosso, por meio das Câmaras Municipais.

Já anunciada na semana passada, às sessões itinerantes promovidas pela Assembleia Legislativa estão em formatação e devem acontecer em parcerias com as Câmaras Municipais, explicou durante entrevista ao programa Chamada Geral, da rádio Mega FM (95,9).

“O projeto é importante para aproximar a AL da sociedade, queremos democratizar as ações do Poder Legislativo estando mais próximos da população, para debater melhorias com os principais interessados nas ações, que são os moradores dos municípios, esse é um pensamento dos 24 parlamentares”, afirmou.

De acordo com o presidente, as sessões vão acontecer em todas as regiões do Estado e o objetivo também é debater o fortalecimento do legislativo municipal, assim como já foi proposto por ele em nível nacional, para o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), e nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Essa aproximação com a sociedade também será proporcionada pela TV Assembleia que irá para os 141 municípios de Mato Grosso. Com a inauguração da primeira rádio legislativa do país, a Rádio Assembleia, que abrangerá um raio de 200 km, mais um passo será dado, a partir de um convênio com a Câmara Federal.

Sobre os 95 dias de administração, Maluf destacou avanços como a devolução de R$ 20 milhões ao Governo do Estado para a aquisição de ambulâncias e mutirão para a redução de filas do Sistema único de Saúde (SUS), o enxugamento nos gastos da Casa de Leis em todos os setores, e a distribuição de funções entre os parlamentares, aumentando o processo de discussão.

“A Assembleia Legislativa hoje vem sendo administrada por um outro grupo, talvez a centralização e a falta de alternância do poder anteriormente contribuíram para um distanciamento entre o Poder e a sociedade. E estamos reavaliando isso. O vice-presidente hoje tem suas atribuições, assim como os outros representantes da Mesa Diretora”, argumentou sobre a administração.

Sobre a relação entre os parlamentares, Maluf considerou positivos os embates no Poder Legislativo. “É muito bom ter pontos de vista diferentes, é saudável, o parlamento é isso, com discussão permanente, se houver consenso sempre, não é bom”, avaliou. Já sobre a relação com o Governo do Estado, o presidente da Assembleia Legislativa também avaliou bem, destacando a ampliação das discussões nos projetos da reforma administrativa e do programa Bom Pagador.

“A Assembleia Legislativa trabalhou muito nessas propostas, e o Governo do Estado flexibilizou, ouviu os deputados, aceitou muitas emendas. Há muito tempo não se via um debate tão acirrado dentro da casa. Emendas permitiram que quem tem até R$ 150 mil receba em duas parcelas sem desconto, e esse é o equivalente a 70% dos que tem para receber recursos, já os acima de R$ 150 até R$ 500 mil vai ser em até oito vezes, e nada disso tinha na proposta inicial, que foi bem flexibilizada. O governador sempre disse que quer pagar essa divida de R$ 1 bilhão de restos a pagar, mas lembrou que é a forma que é possível pagar e vai honrar esses compromissos”, disse.

Reforma Tributária

Maluf também avaliou que nos próximos meses, uma das principais discussões no Estado será sobre o sistema tributário. “É importante que se discuta a forma de arrecadação, hoje temos a energia mais cara, diesel mais caro do Centro-Oeste e o governo do Estado está se preparando para isso, o secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, me disse que estarão promovendo essas discussões.

“Não podemos aceitar uma dívida como a da antiga Rede Cemat que hoje é Energisa de mais de R$ 600 milhões, das operadoras de telefone. A tributação no estado é excessivamente alta, muita gente está saindo de Mato Grosso para investir em outros lugares, temos que ter atrativos para que empresas e indústrias venham pra cá, mas do jeito que é hoje, até atrapalha”, disse.

Fonte.: MidiaNews
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