01/06/2015 17:39
Já se intensifica a conversa sobre a eleição de prefeito no ano que vem na capital. O partido do Mauro Mendes, o PSB, busca aproximação com o PSDB para apoio à reeleição dele.
Um grupo do PSDB aceita essa composição e até mesmo fazer parte da atual administração da capital.
Outro grupo no partido fala em lançar candidato próprio na eleição para prefeito em 2016. O nome que surge no momento seria o de Dorileo Leal de A Gazeta. Comenta-se ainda que o Mauro Mendes, se reeleito, pretende se candidatar ao Senado em 2018.
Parece que está definido ainda que o PSDB, seja com candidatura própria ou apoiando a reeleição do Mauro, apoiaria a reeleição de Pedro Taques em 2018. Também o PSB faria o mesmo. O Pedro, militando em qualquer sigla, terá voz na escolha do candidato do grupo na capital.
Com a decisão do STF de que detentores de cargos majoritários não perdem o mandato se mudarem de partido, vai ficar mais interessante ainda observar os passos e movimentações do Taques.
Como sempre acontece, passada a fase de conhecimento e ajustes na administração estadual, diminuirá, aos poucos, a presença de nomes de secretários na mídia e nas conversas e entram os da política.
Na economia estadual cresce o ruído sobre a cobrança de algum tipo de taxa sobre a produção agrícola em MT. Hoje, pela lei Kandir, o setor não paga ICMS. É um assunto que ainda vai gerar muita falação. A pressão contra da Famato, Ampa, Aprosoja e das cidades que vivem do agronegócio será muito forte.
O Imea, instituto de pesquisa da Famato, já publicou estudo mostrando como isso afetará negativamente a produção no campo. Cita-se inclusive o caso que aconteceu na Argentina, onde uma taxação do governo federal afetou a produção agrícola no país.
Os que defendem a nova taxação em MT arguem que dar incentivo ao agronegócio foi uma boa medida enquanto ele precisava desse apoio para se firmar e crescer. Que hoje o setor se fortaleceu e poderia dar uma contribuição maior para melhorar a educação, saúde e segurança em MT.
Alguns deputados estão defendendo essa medida. Usam o argumento de que se o dinheiro do FEX ou fundo de exportação não vier (MT tem deste ano e do ano passado algo como um bilhão de reais para receber), se poderia cobrar uma taxa de 9% sobre bens agrícolas exportados pelo estado.
Talvez seja uma forma indireta de pressionar Brasília. Num recado de que se não derem o FEX, um direito do estado, se cobraria aqui uma taxa em bens agrícolas e isso poderia afetar a produção do setor mais dinâmico da economia nacional.
Aquele que mostra um Brasil eficiente e que ajuda na balança comercial do país.
Com receio do que aconteceu na Argentina, Brasília se sensibilizaria? Se verdadeira a invenção criada pela coluna, seria uma jogada interessante da classe política estadual.
ALFREDO DA MOTA MENEZES é historiador e articulista político em Cuiabá.
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www.alfredomenezes.com