13/06/2015 19:12
Um ano após a Copa do Mundo de 2014, a rede hoteleira da Grande Cuiabá luta para fazer valer os investimentos realizados para o Mundial. Porém, a falta de grande eventos aliada ao fato do turismo no estado ainda estar aquém do ideal, fazem com que os hotéis sofram para manter as portas abertas. O Sindicato dos Hotéis, Restaurantes e Bares estima que a ocupação nos estabelecimentos tenha caído para menos da metade.
Para a Copa, o número de leitos em Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana, passou de 8,5 mil para 17 mil. Durante o Mundial, a ocupação chegou a 80% da capacidade da rede hoteleira na Grande Cuiabá. As duas cidades têm aproximadamente 80 hotéis da classe econômica e quase 40 unidades de 3 a 5 estrelas.
“O maior impacto é nos pequenos. Os grandes, por terem maior quantidade de leitos, baixaram os preços para quase o mesmo valor cobrado dos hotéis econômicos, que não têm como competir. Eles não têm como baixar mais o preço e acabam sofrendo mais”, disse Luiz Verdum, diretor de hotelaria do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares.
Em outro hotel de classe econômica da capital, a folha de pagamento era o maior gasto. Por causa disso, dos 14 funcionários, sete foram demitidos. E ele ainda tem dívidas do investimento feito para atender os turistas da Copa. Foram R$ 200 mil gastos melhorando a fachada, trocando pisos e arrumando os banheiros do prédio antigo.
“Estou com apenas 10% de ocupação, o que é muito pouco. Não paga o custo, acho que nem o custo diário”, disse José Luiz Ferrer Brandão. O sexto andar do prédio, por exemplo, foi desativado. Por isso, deverão ser adaptados para evitar que os espaços fiquem vazios. “Uns apartamentos podem virar quitinetes. Outros, da parte mais de baixo, poderão ser usadas como salas comerciais”, disse Brandão.
Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso, Luis Carlos Nigro, a capital precisa sediar mais eventos. “A solução mais rápida é a captação de eventos e congressos aqui pra Cuiabá pra nós voltamos a ter uma melhor taxa de ocupação nos hotéis da região. Nós temos como fazer a captação esse ano pros eventos de 2016″, disse.
Já Verdum disse acreditar que o setor só vai começar a ter melhorias no próximo ano. “Temos que trazer eventos para 2 mil, até 4 mil pessoas. Para o segundo semestre deste ano, não temos expectativas de grandes eventos. Então temos que ir com tudo em 2016 e 2017 para melhorar a situação no setor”, afirmou.
Fonte.:G1