CRISE – Frigorífico do Grupo Frialto, encerra atividades em MT

23/06/2015 15:33

A partir desta sexta, todos foram colocados em ‘férias coletivas’ de 15 dias, enquanto a direção providencia os desligamentos.

A capacidade de abate da planta é de 500 cabeças por dia, mas estaria trabalhando ociosa, mandando para o gancho menos da metade disso. A direção alega prejuízos financeiros. Em 2010, o grupo entrou em recuperação judicial e chegou a fechar seis frigoríficos (três em Mato Grosso, um no Mato Grosso do Sul, um em São Paulo e outro em Rondônia).

Naquela época, o Frialto declarou dívida de R$ 564 milhões, sendo R$ 453 mi com instituições financeiras, R$ 97 mi com pecuaristas, R$ 8 mi de frete e R$ 6 mi de dívidas trabalhistas. A Justiça aprovou a recuperação judicial e o grupo iniciou o pagamento parcelado dos prejuízos.

Aquele revés financeiro fez os empresários deixarem de abater bois nos frigoríficos de Jundiaí (SP) e Iguatemi (MS). As indústrias em Mato Grosso e em Rondônia foram reativadas nos anos seguintes. Ainda não há informações se o fechamento de Sinop vai impactar as unidades do Frialto em Nova Canaã do Norte e Matupá (650 e 700 km de Cuiabá, respectivamente), e a de Ji Paraná (RO), que estão em atividade.

O Frialto tem habilitação para exportar carnes para mais de 20 países. Contudo, o anúncio de suspensão dos abates ocorre após dez dias da suspensão de importação de carne bovina daquela unidade, por parte da Rússia, que está entre os maiores compradores do produto em Mato Grosso.

Fonte.:PortalAgronegócio

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