19/08/2015 10:08
As incertezas do cenário da pecuária mato-grossense devem impactar no volume de gado confinado para este ano.
Conforme o segundo levantamento das intenções de confinamento feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) os pecuaristas voltaram atrás na decisão de início de ano e informaram que vão reduzir o confinamento de gado neste ano.
Os pecuaristas disseram que vão confinar 620,5 mil animais, volume que representa uma redução de 21,4% em comparação com o primeiro levantamento deste ano, quando os produtores pretendiam confinar 789,6 mil animais. A quantidade projetada para 2015 também é menor do que foi registrado em 2014, de 636,6 mil animais.
Apesar da queda, 60,6% afirmaram que irão confinar em 2015, por já terem adquirido mais de 80% dos insumos necessários para a atividade. Para o superintendente da Acrimat, Olmir Cividini, os pecuaristas estão fazendo as contas e avaliando melhor os riscos da atividade para não ter prejuízos. “A baixa oferta de animais para reposição elevou o preço do boi magro, restringindo a compra de animais para confinamento”, explica. Ele lembra que dependendo da eficiência produtiva do confinamento como um todo pode ser a válvula de escape para o sucesso da atividade em 2015.
Isso significa que ainda é possível obter lucro na atividade considerando maiores ganhos de peso por menos tempo de confinamento. Conforme a pesquisa, é preciso, no entanto, considerar melhores condições de manejo do confinamento (nutrição, ambiente, disponibilidade de água, quantidade e qualidade dos tratos, etc), explorando ao máximo o desempenho dos animais.
Regiões
A região noroeste, onde encontra-se o menor rebanho do Estado (11,4 mil animais), a quantidade de animais para serem confinados aumentou 60%, passando de 7,1 mil para 11,4 mil cabeças. Por outro lado, no nordeste, médio-norte, centro-sul e sudeste do Estado apresentaram significantes reduções na intenção de confinamento. Com isso, a representatividade dessas regiões diminuiu de 79,3% para 69,4%.
Fonte.: ACRIMAT