Aprovada a cassação de Eduardo Cunha por 11 a 9

16/12/2015 14:07

Diante do resultado por cassação, Cunha agora terá 10 dias úteis, a partir da notificação, para apresentar sua defesa escrita

O Conselho de Ética da Câmara acaba de aprovar por 11 votos a 9 o relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT) que estabelece a abertura do processo disciplinar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB).

Segundo informações da Agência Câmara, os aliados de Cunha retiraram os requerimentos que obstruíam a votação do relatório a pedido da própria defesa do presidente da Câmara, que quer se concentrar no que terá de apresentar ao Judiciário em função da Lava Jato.

Outra informação dá conta de que Cunha autorizou que os aliados deixassem a votação do relatório ocorrer porque pretende anular a decisão. De acordo com a Folha, a Mesa Diretora deve recorrer da decisão do presidente do Conselho em não colocar em votação um dos oito pedidos de vistas que foram apresentados ao relatório, e isso poderá anular a votação de hoje.

Cunha é acusado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e por ter prestado falso testemunho quando depôs na CPI da Petrobras negando ter contas secretas no exterior, no Conselho de Ética. Nesta terça (15), suas residências em Brasília e Rio de Janeiro foram cercadas pela Polícia Federal, com autorização do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Nos bastidores, ventila-se que Cunha está tentando um acordo para renúnciar à presidência da Câmara. Na noite de segunda (14), o colunista Lauro Jardim publicou que PSDB e DEM articulam apoio à manutenção do mandato parlamentar do peemedebista, mas esperam que o seu substituto na eleição que será convocada, em caso de renúncia, seja Jarbas Vasconcelos (PMDB). A ideia é que o processo de impeachment de Dilma Rousseff passe a tramitar com mais credibilidade sem Cunha à frente da Câmara.

 

Da Redação e Assessoria STF
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