14/01/2016 10:39
A bolsa brasileira interrompeu a sequência de seis quedas consecutivas e fechou as operações em alta, puxada pelo desempenho das ações da Vale e da Petrobrás
O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou em alta de 1,43%, aos 39.500 pontos e com um volume negociado de R$ 5,066 bilhões. Apesar da alta, o indicador continua próximo dos níveis registrados em março de 2009, no auge da crise provocada pelo estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos.
Segundo informações da Agência Brasil, os principais mercados financeiros do mundo tiveram um dia de desempenho positivo após a recuperação dos preços do petróleo. As cotações do barril do Texas, negociado em Nova York, e do barril do tipo Brent, negociado em Londres, subiram 2,3%, mantendo-se acima dos US$ 30. A cotação do petróleo caiu nos últimos dias após a divulgação de dados que mostram a desaceleração da economia chinesa. A redução do crescimento da segunda maior economia do planeta reduz a demanda por matérias-primas como ferro, petróleo e soja. Essa movimentação prejudica países exportadores de commodities, bens primários com cotação internacional, como o Brasil.
A Petrobras conseguiu se recuperar da perda de mais de 4% na véspera, e fechou o dia em alta. As ações preferenciais da estatal (PETR4) subiram 7,97%, a R$ 5,69. As ordinárias (PETR3) avançaram 6,32%, a R$ 7,23. Já os papéis ordinários da Vale (VALE3) ganharam 7,22%, a R$ 9,65, enquanto os preferenciais (VALE5) se valorizaram 6,82%, a R$ 7,52.
No câmbio, a cotação do dólar comercial teve o terceiro dia seguido de queda e voltou a fechar abaixo de R$ 4. A moeda norte-americana recuou 0,31%, a R$ 3,998 na venda. Na máxima do dia, por volta das 9h30, chegou a encostar em R$ 4,04. A moeda oscilou no restante da manhã, mas passou a operar em queda no início da tarde. Na última hora de negociação, a cotação se estabilizou abaixo de R$ 4.
No exterior, os investidores seguiam preocupados com a economia da China e com a instabilidade dos preços do petróleo, o que tem levado agentes a evitar o investimento em moedas de países emergentes. No Brasil, o mercado aguardava a reunião do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, com o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, programada para ocorrer após o fechamento dos mercados.
Além disso, o BC brasileiro realizou um novo leilão de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento programado para 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 5,072 bilhões, ou cerca de 49% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Para sexta-feira, o mercado aguarda pela publicação do IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) de janeiro, índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) e a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) contínua no Brasil. No exterior, destaque para a balança comercial da zona do euro; vendas no varejo, índice de atividade do setor de manufatura, produção industrial e indicadores de estoque nos Estados Unidos.