Ibovespa segue de olho no IPCA e na política

09/03/2016 07:42

Após seis altas seguidas, Ibovespa fecha em queda nesta terça; dólar cai a R$ 3,73.

Após um dia sem grandes emoções, o Ibovespa e o dólar devem ter um dia mais movimentado nesta quarta-feira (9), com os investidores aguardando a publicação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e monitorando novos sinais da economia chinesa.

Segundo Paulo Gomes, economista da AZ FuturaInvest, o Ibovespa pode seguir o movimento de correção técnica iniciado nesta terça-feira (8), mas “tudo depende dos números trazidos pelo IPCA e, principalmente, de eventuais novidades do cenário político”.

O dólar, por sua vez, deve compensar as perdas recentes e se valorizar frente ao real.

Na agenda doméstica, o destaque é a divulgação do IPCA de fevereiro, às 9h. Da cena externa, os investidores devem estar atentos aos dados de inflação da China de fevereiro, às 22h30 (horário de Brasília).

O economista da AZ FuturaInvest afirma ainda que o mercado pode operar em compasso de espera pela ata do Copom (Comitê de Política Monetária), que sai na quinta-feira (10), que pode dar sinais de mudanças na política monetária.

Os preços das commodities, que vem mexendo diariamente com o humor dos investidores, também deve estar no radar dos agentes na próxima sessão.

Fechamento de mercados

O Ibovespa fechou a terça-feira em leve queda, após sessão volátil, na sequência de seis altas seguidas, pressionado pela queda das ações da mineradora Vale e da fabricante de celulose Fibria.

O Ibovespa caiu 0,29%, a 49.102 pontos, tendo oscilado em queda de 0,81% na mínima e em alta de 1,36% na máxima. O volume financeiro no pregão somou R$ 11,47 bilhões.

Já o dólar fechou em queda de quase 1,5% frente ao real, indo abaixo de R$ 3,74 depois de três meses, influenciado por expectativas com a cena política brasileira e pela atuação mais contundente do Banco Central.

O dólar recuou 1,44%, a R$ 3,7389 na venda, menor patamar desde 9 de dezembro (R$ 3,7370). A moeda norte-americana chegou a subir a R$ 3,8038 na máxima desta sessão, influenciada por números fracos sobre o comércio na China e pelo tombo dos preços do petróleo.

 

Por Marcelo Ribeiro, especialista de mercado, com informações da Reuters, em O Financista