A trajetória parlamentar de Eduardo Cunha

08/07/2016 01:20

Relembre a trajetória parlamentar na Câmara Federal por Eduardo Cunha, onde alcançou o apogeu do poder e sucumbiu a decisão de deixar o cargo.

01.02.15 – Eduardo Cunha é eleito presidente da Câmara, com 267 votos.

03.03.15 – Eduardo Cunha é incluído na “Lista do Janot”. Relação da PGR tem 28 pedidos de abertura de inquérito contra políticos suspeitos de envolvimento na Lava-jato.

12.03.15 – Ele comparece, espontaneamente, na CPI da Petrobras, para negar suposto envolvimento no recebimento de propinas no esquema de corrupção da estatal e também nega ter contas no exterior.

16.07.15 – O empresário Julio Camargo diz, em delação premiada, que Cunha recebeu US$ 5 milhões em propina.

20.08.15 – A Procuradoria-Geral denuncia Cunha por lavagem de dinheiro e corrupção.

30.09.15 – As autoridades da Suíça enviam ao Brasil dados de quatro contas no exterior, em que Eduardo Cunha aparece como beneficiário.

13.10.15 – Psol protocola pedido de cassação de mandato de Cunha no Conselho de Ética, acusando-o de mentir à CPI.

22.10.15 – STF determina transferência de R$ 9,6 milhões de Cunha da Suíça.

03.11.15 – Processo no Conselho de Ética é instalado e Fausto Pinato (PRB-SP) é escolhido relator.

09.12.15 – Eduardo Cunha consegue destituir o relator do processo no Conselho de Ética e o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) é escolhido novo relator.

15.12.15 – Novo relator apresenta parecer pela continuidade do processo contra Eduardo Cunha. No mesmo dia, o deputado é alvo de mais uma fase da Lava-jato.

16.12.15 – PGR pede o afastamento de Eduardo Cunha. Acusa o parlamentar de obstruir as investigações.

02.02.16 – Vice-presidente da Câmara e aliado de Cunha, Waldir Maranhão (PP-MA), anula sessão do Conselho que aprovou continuidade do processo.

02.03.16 – Conselho aprova novamente parecer pela continuidade do processo, por 11 votos a 10.

03.03.16 – STF aceita a denúncia e Eduardo Cunha vira réu na Lava-jato, no processo sobre a suspeita de recebimento de propinas do Petrolão. No mesmo dia, peemedebista é denunciado em mais um caso, desta vez pelas contas na Suíça.

05.05.16 – Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, suspende mandato de Eduardo Cunha e ele é afastado da presidência da Câmara.

07.06.16 – É revelado que o procurador geral da República pediu a prisão de Eduardo Cunha. Supremo ainda não decidiu sobre o caso.

Momento de euforia na votação da admissibilidade do impeachment: Cunha foi o grande vitorioso.

Momento de euforia na votação da admissibilidade do impeachment: Cunha foi o grande vitorioso.

09.06.16 – Juiz Sérgio Moro aceita a denúncia do Ministério Público e mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz, se torna ré da Lava-jato. Ela é acusada de lavagem de dinheiro e evasão de divisas de valores desviados da Petrobras. Segundo investigadores, dinheiro público foi convertido em sapatos e roupas de grife.

14.06.16 – Por 11 votos a 9, Conselho de Ética aprova relatório que recomenda cassação de mandato de Eduardo Cunha. No mesmo dia, Justiça Federal decreta a indisponibilidade dos bens e recursos financeiros de Eduardo Cunha, da mulher e das empresas da família. Cunha também tem o sigilo fiscal quebrado.

21.06.16 – Eduardo Cunha convoca entrevista coletiva em hotel em Brasília. Aparece sozinho.

22.06.16 – Por unanimidade, Cunha vira réu no STF pela segunda vez. Ele é acusado de receber propina em contas secretas na Suíça.

07.07.2016 – Eduardo Cunha lê carta e renuncia à presidência da Câmara. Ele chorou ao dizer que ele e sua família passaram a sofrer perseguição. O peemedebista era pressionado por aliados para deixar o cargo como uma estratégia para evitar a cassação e salvar o mandato. Ele é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras sobre manter contas não declaradas no exterior.

 

Fonte - CBN