11/07/2016 10:20
Inflação têm novas projeções com leve queda. Estimativas para moeda americana recuam mais. Já o PIB, economistas esperam ainda em 2016 uma contração de 3,30%
As novas projeções para a alta dos preços em 2016 e 2017 tiveram leve, quase nada de alteração, mesmo após novo alívio na inflação corrente e de novas reduções na perspectiva para o dólar, enquanto o cenário para a política monetária permaneceu inalterado no final de cada ano.
A Focus realizou nova pesquisa e divulgou pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a projeção para a alta do IPCA neste ano agora é de 7,26 por cento, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana anterior.
O mercado segue a segunda semana consecutiva de queda na estimativa, após seis altas seguidas, mas permanece acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais.
No mês anterior, junho, o IPCA desacelerou a alta a 0,35 por cento e voltou abaixo do patamar de 9 por cento em 12 meses pela primeira vez em um ano.
Os especialistas consultados calculam para 2017 que haja um alta no IPCA de 5,40 por cento, contra 5,43 por cento no levantamento anterior, dentro da meta para 2017, que é de 4,5 por cento com tolerância de 1,5 ponto.
O Banco Central que já foi categórico sobre a impossibilidade de redução da taxa básica de juros, vem adotando uma postura dura sobre o compromisso de levar a inflação para o centro da meta.
As mudanças para a moeda americana foram significativas. O levantamento mostrou redução nas estimativas para 3,40 em 2016 e 3,55 reais em 2017, ante 3,46 e 3,70 reais respectivamente.
Com uma centena de economistas, a pesquisa Focus, mostra ainda que a expectativa para a Selic, que atualmente está em 14,25 por cento, é de que finalize 2016 a 13,25 por cento e 2017 a 11 por cento, sem alterações.
Mas o Top 5 – grupo que mais acerta as projeções no Focus – vê a taxa básica de juros a níveis mais altos. Para este ano, a expectativa subiu a 14,00 por cento, de 13,50 por cento, enquanto para 2017 chegou a 11,25 por cento, de 10,50 por cento.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Focus mostra que é esperada uma contração de 3,30 por cento este ano, ante queda de 3,35 por cento vista antes. Em 2017 os especialistas preveem uma recuperação de 1 por cento, mantendo a estimativa.
Por Camila Moreira na Agência Reuters