12/07/2016 12:27
Ânimo externo consolida Ibovespa acima dos 54 mil pontos. Dólar cai. Governo japonês prepara pacote de estímulos. Alta de commodities eleva Petrobras e Vale
As cotações de commodities, como o minério de ferro e o petróleo, foram para um verdadeiro trampolim, estimulados pela esperança por estímulos econômicos consolida o Ibovespa em alta nesta terça-feira (12), na faixa dos 54 mil pontos. O otimismo externo faz o dólar perder terreno frente ao real, apesar de nova intervenção do Banco Central brasileiro.
Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, instruiu o ministro da Economia a compilar um pacote econômico até o fim deste mês para reanimar a economia diante da fraqueza do consumo privado e do investimento.
Ainda no cenário internacional, a definição de Theresa May como nova premiê do Reino Unido ameniza pequena parcela das incertezas provenientes do divórcio entre britânicos e União Europeia.
O ânimo externo compensa os sinais mais fracos que o esperado do varejo brasileiro, conforme revelado pelo indicador do IBGE. As vendas no varejo caíram 1% em maio sobre o mês anterior e recuaram 9% na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi o pior resultado para o mês na série histórica.
Com alinhamento com as bolsas europeias, Wall Street e as cotações de commodities, por volta de 10h30, o Ibovespa tinha valorização de 1,14%, aos 54.580 pontos. Entre as ações mais líquidas, Petrobras (PETR4) e Vale (VALE5) exibiam ganhos de 3,08% e 3,77%, respectivamente.
No câmbio, a moeda americana, negociada à vista perdia 1,26%, cotado a R$ 3,2689. Prova do maior apetite por risco nos mercados, a baixa da moeda norte-americana ocorre mesmo após o BC colocar no mercado mais 10 mil contratos de swap cambial reverso – operação equivalente a uma compra futura de dólares.
Política
No cenário doméstico da política brasileira, o foco está voltado na eleição do novo presidente da Câmara. Ficou definido que as candidaturas poderão ser registradas até as 12h da quarta-feira (13), e que a sessão de eleição da presidência deve ter início às 16h.
Segundo a Folha de S.Paulo, a base do governo de Michel Temer se divide entre Rogério Rosso, que tem o com apoio da maior parte do “centrão”, e Rodrigo Maia, que deve contar com o PSDB.
Da Redação com informações de O Financista