14/07/2016 02:52
”Sem reformas, não sobreviveremos como nação, seremos sempre uns párias do mundo civilizado. O Chile, com terremotos e tudo, está anos-luz a nossa frente.”
Por que será que tudo no Brasil parece ser mais difícil do que realmente é? Tudo nosso tem particularidades que não encontramos em nenhum outro lugar do mundo. Quer coisa mais complexa e difícil que formar um governo aqui? E por que isso? Nós somos uma sociedade caracterizada principalmente pela mistura de raças, seus costumes e seus atrasos, por cultos e religiões originárias de todas as partes do mundo, sem contar nossa criatividade. Enfim, somos uma mixórdia… Será isso mesmo? E mais os invejosos e desocupados.
Sem reformas, não sobreviveremos como nação, seremos sempre uns párias do mundo civilizado. O Chile, com terremotos e tudo, está anos-luz a nossa frente. Por quê? Talvez, e além de ser um povo com outra formação, não esteja preocupado com tantos partidos políticos e outras negaças características de nosso atraso. Sim, Minas Gerais ficou sem ministros… E daí? Sim, ficou sem negros, ficou sem mulheres… Pior é criar ministérios para colocar um negro, uma mulher, para satisfazer tendências e gêneros de nossa sociedade. É preciso criar uma mentalidade de nação, esquecer a vida nababesca das republiquetas que vivem com renda de praianos de ocasião.
Nesses últimos dias, não ando aguentando mais ver televisão. Ninguém sabe de nada, ninguém roubou nada, aquela conversa “eu não roubei, eu não desviei nada, eu não sei de nada, eu quero viajar…”, que nojo. Parece disco emperrado. Tudo é preconceito, a vida do brasileiro está como um pisar em ovos, tudo é motivo de discriminação, tudo é motivo de discussão e brigas, tá um saco…
A mulher que não sabe de nada dá um rombo nas contas públicas e diz que não fez nada… Seria o caso de repetir a história de um professor – por sinal, que professor… Tenho saudades dele: Guilherme Azevedo Lage, do Instituto Padre Machado e diretor por muitos anos do Colégio Municipal: “Professor, mas eu não fiz nada, por que a nota baixa?” “Porque o senhor mesmo diz: não fez nada, aqui tem que fazer, seu pai paga para o senhor fazer, não fez, não reclame…” Assim é essa guerrilheira insuportável que fez demais, antes como assaltante de bancos e agora como “pedalante” da vida…
Aos amigos e leitores:
Hoje estou me despedindo por uns tempos de vocês, depois de quase nove anos de convívio aqui às quartas-feiras. De repente fiquei “meio idoso”, e os “enguiços” apareceram. “Enguicei” e preciso de uma recauchutagem. Agradeço ao sempre amigo Vittorio pela coragem de ter me entregado este espaço para eu escrever o que quisesse para seus milhares de leitores. Foram mais de 400 crônicas nesse período em que nosso país atravessa seu pior momento como pátria e nação, oportunidade em que eu pude demonstrar minha repulsa à esquerda festiva e a essa “inconha” que tem nome de PT. Nosso país não merecia isso… Obrigado aos leitores e ao pessoal do jornal, ao Victor de Almeida, em especial, pela paciência com minha impaciência. Até mais ver…
O jornal O TEMPO agradece ao colunista Sylo Costa por ter compartilhado sua opinião com nossos leitores nesses quase nove anos. A partir da próxima semana, Elio Gaspari passará a escrever nesse espaço.
O Jornal Correio da Semana, não poderia deixar de compartilhar esse ''artigo despedida'' de um articulista de tamanha grandeza e ferrenho combatente da famigerada esquerda que assolou o país. Bom descanso, Sylo Costa.