17/12/2018 11:00
Segundo cálculos de Carlos da Costa, se produtividade do brasileiro aumentasse para 30% da do trabalhador dos EUA, expectativa de crescimento dobraria
O futuro secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, afirmou nesta 2ª feira (17.dez.2018) que o país pode crescer mais de 5% nos próximos anos com ganho de produtividade.
“Havendo ajuste, vamos começar a tratar de crescimento de longo prazo, que não está restrito a 2%, 2,5% por ano, como alguns acreditam que é o máximo que o Brasil pode crescer”, disse em participação no evento “Correio Debate: a importância da Indústria”, em Brasília.
Segundo ele, a produtividade do trabalhador brasileiro corresponde hoje a cerca de 23% da produtividade dos funcionários norte-americanos. De acordo com o futuro secretário, com aumento desse percentual para cerca de 30%, o país poderia dobrar suas expectativas de crescimento.
Para atingir esse patamar, seria preciso “eliminar obstáculos” impostos pelo setor público ao empresariado. Ele citou, por exemplo, que entre as prioridade do futuro governo estará a redução da carga tributária sobre a produção e emprego.
O futuro secretário destacou também planejamento de longo prazo para área de infraestrutura, o avanço nas políticas de capital humano e a promoção do diálogo com a iniciativa privada.
“Esse governo [de Jair Bolsonaro] sabe que quem gera emprego e inovação é a iniciativa privada. Nós, em geral, atrapalhamos. Temos que atrapalhar menos e focar naquilo que realmente importa, que os empresários consigam fazer seu trabalho de maneira mais próspera”, disse.
Costa afirmou que o governo Michel Temer foi responsável por “fazer a transição” para 1 governo de maior produtividade, com início de 1 processo de ajuste da economia brasileira. O economista foi diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do BNDES no governo do emedebista.
COMO SERÁ A SECRETARIA ESPECIAL DE PRODUTIVIDADE, EMPREGO E COMPETITIVIDADE
A Secretaria Especial comandada por Carlos da Costa absorverá as funções do atual Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) e parte das atribuições do Ministério do Trabalho, extinto pelo governo Bolsonaro.
“Ficaremos com a parte de políticas públicas para empresas, que vai ter foco em capacitação de capital humano, 1 dos gargalos para nossa competitividade (…). A 2ª prioridade será reduzir as distorções e fricções no mercado de trabalho que às vezes cria 1 período de muito longo de desemprego.”
Da Redação. Matéria divulgada originalmente no site Poder360