15/10/2020 14:35
Infelizmente o nível argumentativo para expor ideias, discutir propostas, sugerir correções de falhas e melhorias futuras, se limitou em apenas dois candidatos: Aécio Rodrigues (PSL) e Paulo Henrique Grando (Novo). Sóbrios, calmos, com linha de abordagem e respostas bem embasadas, se destacaram positivamente. Porém, dois nomes inexpressivos no pleito.
Sem dúvida nenhuma, o telespectador esperava mais qualidade e menos despreparo entre os oponentes. Aliás, o eleitor clama por qualidade.
Os candidatos da Esquerda, um deles com mais bagagem, não fugiu do perfil autoritário, postura debochada, cinismo e arrogância. Perfil que desagrada a maior parte do eleitorado, muito além do partido em questão.
Já a única candidata mulher, Gisela Simona (Pros) uma possível aposta da classe dos servidores públicos, demonstra claro desequilíbrio na oratória (fala demasiadamente alta) aparentando revolta velada, ”sangue nos olhos”, um desespero em acusar e apontar possíveis falhas para encobrir com possíveis(?) propostas.
O ex-vereador Abílio Jr. (Podemos), que se apresenta como uma promessa em levar a disputa ao segundo turno, diante da pulverização no pleito, ”virou o disco” sobre os ataques ao atual prefeito, se limitando a breves comentários dos oponentes sobre o tema. Apresentou propostas e respondeu ao ”conluio relâmpago” entre Gisela e Julier (PT). Mas, como a seleção brasileira, não convenceu. Seus eleitores certamente esperavam mais.
Já o candidato veterano, Roberto França (Patriotas) está levando uma verdadeira ”lapada”. Em virtude da idade avançada, perfil obsoleto, discurso desalinhado com a realidade atual e completamente sem energia para impulsionar o vigor da imagem de um político que, com todo o respeito, seu tempo passou. Lamentável uma figura pública tradicional da cuiabania se prestou a ser ”boi de piranha” nessas eleições municipais.
O atual prefeito, candidato à reeleição, Emanuel Pinheiro (MDB), se ausentou do debate alegando o fator de bio-segurança da emissora. Não se sabe se tal ausência implicará negativamente ou positivamente à sua imagem.
Sobre a questão da bio-segurança, sinceramente, a emissora pecou. Candidatos próximos uns dos outros, onde a fala é constante, como os ”gritos” da candidata Gisela e ambiente fechado e climatizado.
A emissora poderia ter providenciado cabines acrílicas, a exemplo da CNN , emissora americana, no debate recente entre vices à presidência dos Estados Unidos.
Produção de baixo custo, eficiente, podendo abster do uso de máscara para melhor fala entre os candidatos e que também está no protocolo da OMS e Ministério da Saúde, como parte das medidas preventivas e protetivas ao covid-19.