Editorial – Setembro 21: o marco da desconexão política com o povo

08/09/2021 12:16

População não ‘ouve’ mais os desconectados com a realidade
As ruas ‘tomadas’ por manifestações pacíficas
Brasília literalmente verde e amarela
O povo mostrando sua soberania
Oposição em choque

Crédito: Agência Brasil

Mais verde e amarelo do que nunca, nem mesmo em bi, tri, tetra ou penta das Copas do Mundo de futebol, maior anestésico da árdua vida do povo brasileiro, foram vistas tamanha mobilização em prol de mudanças na classe política. Clamor popular à altura do que foi visto nesta terça-feira, 7 de setembro 2021, nas ruas de todo país e na praça dos 3 Poderes em Brasília, somente contra a classe política. Nunca em favor de um.

E lá estava um deles, o presidente Jair Messias Bolsonaro, sendo aclamado por dezenas de milhares que saíram às ruas, em pleno feriado prolongado, no sol escaldante e clima desértico do planalto central, em meio a crise dos preços dos alimentos, arroz, feijão, óleo de soja, como do gás de cozinha e combustíveis. O que isso significa na ótica torpe da oposição ou desconectados? Que o povo é ‘gado’ e segue seu boiadeiro esquecendo das suas mazelas. Mas, o que de fato isso significa? Que esse povo, despertou diante de centenas de exemplos diários ocorridos em seus vizinhos sul-americanos, que a sua liberdade é muito mais valiosa e pode lhe custar um valor imensurável se feito um paralelo com os itens básicos citados acima, resultado de uma política fiscal e econômica desastrosa e populistas dos governos anteriores.

Nas falas claras (só não compreende quem é surdo) do presidente da República, sobre continuar alinhado com a Constituição Federal, preservando (o que tanto juristas e bacharéis falam) o Estado Democrático de Direito, a harmonia e independência entre os Poderes e sobre tudo, a Democracia, esta por sua vez, atravessada e manipulada conforme a conveniência de alguns ministros da Suprema Corte da Justiça, expressam só e somente só, o óbvio de um cenário contrário e, diante do repúdio solitário do chefe do executivo dentro de sua classe, o povo saiu as ruas para emitir o som que toca esse baile: ”o presidente não está sozinho”.

Os chefes de outros poderes até o presente momento estão calados, ou sendo neutros para não passar por covardes. Já os que se atrevem atacar a matemática simplista do ocorrido, é simplesmente rechaçado implacavelmente nas redes sociais, como é o exemplo do governador de São Paulo, João Dória (PSDB) e do ex-juiz Sérgio Moro. ambas figuras políticas em estado de putrefação aos olhos da população.

O que deve-se prestar muita atenção, especialmente a classe política de oposição ao governo Jair Bolsonaro, que, em ‘choque’, perplexos e ainda sem digerir o almoço de ontem, ao verem a gigantesca musculatura política do presidente, muito maior que em 2018, é que, a população não ouve, não escuta, não dá mais atenção, não dá créditos a falas de personagens da política, seja ela municipal, estadual ou federal, que não condizem mais com uma realidade do país.

A retórica copiosa, deturpada, conveniente e reversa, foi compreendida pela esmagadora maioria da população. A tentativa de rotular o atual Governo com viés espúrio, cavilar, dissimulado, não ‘fisga’ mais quem vem vivendo na pele e na carne essas contradições.

Esse discurso está derretendo tal como cera na chapa quente a cada dia que passa. A população não só compreendeu, mesmo à duras penas, que a Esquerda é o cancro de uma nação, como também se mostra disposta a lutar ao lado de quem está conectada realmente com ela.

A Direita no Brasil veio para ficar. Resta saber se, os sucessores de quem está realizando esse feito, saberão conduzir essa locomotiva que, com muito esforço, sofrimento, perdas (vidas) e clima político hostil, está sendo colocada nos trilhos do progresso.

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