Opinião – Podemos ser otimistas?

”Na torcida contra o país, mais do que contra o governo, os pessimistas do consórcio de imprensa e as suas conjunções adversativas tentam diminuir, anular qualquer indício de positividade”, escreve Luís Ernesto Lacombe

14/03/2022 08:58

”É proibido confiar, é proibido acreditar no crescimento e na prosperidade”

Foto: Bigstock

Do que são capazes as conjunções adversativas? Mas, porém, contudo, todavia… No entanto, entretanto, não obstante, ainda assim… Quanto mal podem fazer, nas mãos de quem aceita, no máximo, uma “despiora” da economia? As manchetes nos jornais, nos portais de notícias são feitas para isso: para exprimir oposição, contraste a tudo o que possa indicar esperança para o Brasil, para a nossa economia, em especial.

Na torcida contra o país, mais do que contra o governo, os pessimistas do consórcio de imprensa e as suas conjunções adversativas tentam diminuir, anular qualquer indício de positividade. Selecionei algumas manchetes que ilustram bem o método dos jornalistas, quando, “infelizmente”, eles não conseguem escapar de dar boas notícias… “PIB marca normalização da economia, mas mostra falta de ‘fôlego’”; “PIB: investimento sobe, mas não o bastante para manter crescimento do país”; “Economia brasileira está em alta, mas cenário ainda é nebuloso”.

Se há uma campanha contra o governo, e há, o exercício de futurologia será conduzido por esse movimento cruel. As premissas serão sempre negativas. Não importa se o PIB cresceu 4,6% em 2021… Não importa se o Brasil é um dos poucos países do mundo que estão com o PIB acima do registrado antes do coronavírus. A conjunção adversativa toma conta dos jornais, tenta destruir qualquer possibilidade de otimismo, tudo o que possa haver de positivo.

O Brasil criou quase três milhões de vagas com carteira assinada, em 2021, e as manchetes têm um mundo de “poréns”: “País terá mais trabalho em 2022, mas taxa de desemprego não cairá”; “Desemprego recua para 13,7%, mas ainda atinge 14 milhões”; “Emprego cresce em grandes cidades, mas ritmo é lento”. E continua assim, também quando falam da valorização da nossa moeda: “Melhora do câmbio é boa notícia, mas há incertezas no caminho”. E quando, me digam, não houve dúvidas nessa vida? Está na imprensa: “Melhora projeção para desempenho fiscal do Brasil, mas há incertezas”. Novidade…

Conjunção adversativa em excesso, a toda hora. Ninguém quer admitir que houve acerto em políticas econômicas implementadas, que estamos apontando para o único e correto caminho. É proibido confiar, é proibido acreditar no crescimento e na prosperidade. É ano de eleição, e economia decide. Que nos livrem das conjunções adversativas, de suas armadilhas pessimistas e depressivas. Que nos permitam sempre o espaço para o alento, o otimismo, longe de um plano político sórdido e do ódio a um governo.

 

 

 

 

Por Luís Ernesto Lacombe é jornalista e escritor. Por três anos, ficou perdido em faculdades como Estatística, Informática e Psicologia, e em cursos de extensão em administração e marketing. Não estava feliz. Resolveu dar uma guinada na vida e estudar jornalismo. Trabalha desde 1988 em TV, onde cobriu de guerras e eleições a desfiles de escola de samba e competições esportivas. Passou pela Band, Manchete, Globo, Globo News, Sport TV e atualmente está na Rede TV.