Opinião – Um Judiciário aparelhado por petistas!

Quem escolher a abstenção está dizendo que não se importa com esse autoritarismo bizarro de um sistema corrompido que faz de tudo para se livrar do “golpista”. Escreve Rodrigo Constantino

13/09/2022 13:02

”Não há como ficar indiferente diante dessas alternativas”

Reprodução: Money Report

As cenas circularam bastante nesta segunda. O ex-presidiário Lula dando tapinhas no rosto do ministro do TSE que proibiu a presença da primeira-dama Michelle nas propagandas de Bolsonaro e vetou a exibição de imagens do 7 de setembro. Lula ainda disse: “Vou te ligar, vou te ligar”. Coisa que um chefe faz com um subalterno, cá entre nós.

O ministro Benedito Gonçalves também já foi investigado pelo CNJ por relação com o empreiteiro lulista Léo Pinheiro, da OAS, a mesma das benfeitorias no luxuoso apartamento de Lula. O círculo se fecha, tendo Lula como uma espécie de capo, de “Poderoso Chefão” comandando o circo medonho.

Quem não se deu conta ainda de que Bolsonaro enfrenta um sistema totalmente podre, carcomido e aparelhado pelo PT precisa acordar enquanto há tempo. Ou poderá acordar na Venezuela, sem saber como foi que isso aconteceu. Se a quadrilha petista tivesse aparelhado as Forças Armadas da forma como fez com o Poder Judiciário, hoje não haveria mais liberdade no Brasil.

Eis como Guzzo abre sua coluna na Gazeta do Povo esta terça: “A justiça eleitoral brasileira se transformou num monstro. Deveria ser uma repartição pública que cuida da organização das eleições e garante a honestidade das apurações, unicamente isso – como em qualquer democracia séria do mundo. Aqui, por força da invasão da vida política por parte do STF, e da vassalagem que o judiciário impôs aos dois outros poderes, passou a mandar na eleição. É uma deformação – os brasileiros foram expulsos do processo eleitoral”. Direto ao ponto!

Tomou posse a nova presidente do STF. Nas falas de seus colegas, parece que o Supremo é o grande guardião da República. É incrível como dentro da bolha suprema cada ministro fica bajulando e fazendo massagem no ego do outro, como se todos ali fossem os heróis da resistência ao fascismo, da República – e não seus adversários mais perigosos hoje.

Até parece a velha imprensa, com cada militante disfarçando de jornalista elogiando o coleguinha, distribuindo prêmios irrelevantes, enaltecendo sua incrível luta pela democracia… tudo isso enquanto pregam em coro o voto no ladrão totalitário!

Como ainda restam poucos jornalistas sérios e independentes, precisamos lhes dar o devido crédito. É o caso de Alexandre Garcia, que comenta em sua coluna de hoje na Gazeta do Povo sobre a destruição da Ficha Limpa pelo próprio TSE:

A lei foi uma grande conquista porque afasta do escrutínio do eleitor aqueles que responderam a processo e foram condenados em última instância, sem mais chance de recurso. Mas a Lei da Ficha Limpa foi desmoralizada duas vezes pelo Supremo. Na primeira, quando o presidente do Supremo, presidindo o julgamento de Dilma Rousseff no Senado, participou da separação do parágrafo único do artigo 52 da Constituição, que diz que o presidente condenado fica oito anos inelegível, não podendo exercer cargo público. Como houve essa separação, Dilma foi para o julgamento do povo mineiro, que a condenou, não a elegeu para o Senado.

Na segunda vez em que a lei foi desmoralizada, as condenações em três instâncias de um certo ex-presidente na Lava Jato simplesmente foram anuladas, alegando-se “endereço errado”, que a ação não podia correr em Curitiba, mas em Brasília ou São Paulo. Mas só descobriram no fim? A ação passou pelo tribunal revisor de Porto Alegre, passou pelo Superior Tribunal de Justiça (que é a última instância em casos criminais), e ninguém reclamou do CEP; só o ministro Fachin reclamou e o plenário do Supremo confirmou. Com isso, desmoralizou a Lei da Ficha Limpa.

O sistema podre joga pesado, e tem feito de tudo para beneficiar o maior corrupto da história deste país. Bolsonaro é um exército de um homem só contra toda essa nefasta organização criminosa. Ele não conta com o apoio dos monstros do pântano, que querem perpetuar os esquemas corruptos. Ele só tem mesmo o povo ao seu lado. E isso tem feito com que o sistema carcomido cada vez mais assuma seu enorme desprezo pelo povo.

São os “democratas” mais estranhos do mundo, como salienta Fiúza: “Os democratas contra o fascismo não estão de brincadeira. Depois das proibições às cores e à bandeira nacional, proibiram imagens do povo. Só falta proibir o próprio povo. Aí a democracia chegará à perfeição – e nem será preciso eleição. Bastará o Datafolha e o William Bonner”.

Não há como ficar indiferente diante dessas alternativas. Quem escolher a abstenção está dizendo que não se importa com esse autoritarismo bizarro de um sistema corrompido que faz de tudo para se livrar do “golpista” – justamente aquele que vem tentando desaparelhar a máquina pública, expulsar os cupins que tomaram de assalto o nosso estado.

 

 

 

 

Por Rodrigo Constantino, economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.