Opinião – O fim do teatro das tesouras

Eis o que Bolsonaro fez pelo Brasil, entre outras várias coisas boas: demonstrou que, até aqui, vivíamos numa hegemonia esquerdista que montou um sistema corrupto para se perpetuar no poder…Escreve Rodrigo Constantino

29/09/2022 10:03

”Neste domingo o povo brasileiro poderá rechaçar esse projeto podre, dando mais quatro anos para a limpeza em curso”

Foto: reprodução

O governo Bolsonaro tem muitas virtudes, e basta ver o quadro de ministros para perceber, ou então a agenda de reformas. Mas um dos maiores méritos do atual presidente foi escancarar a farsa do teatro das tesouras vigente no Brasil até então.

A máscara dos tucanos e petistas veio abaixo e todos puderam ver a simulação de uma controlada “divergência”, que sempre foi mais cosmética do que de essência. O que o sistema podre e carcomido, com seu viés esquerdista e apreço pela corrupção, realmente não suporta de jeito algum é a presença da direita na democracia.

O próprio presidente publicou uma longa thread no Twitter sobre o assunto, e vale reproduzir na íntegra aqui seu conteúdo, pois resume com perfeição o que está em jogo nesta eleição:

Pela primeira vez na história você está podendo enxergar o que o sistema é capaz de fazer para se manter no controle de tudo, inclusive da sua vida. Hoje, está claro que as “diferenças” do passado não eram nada além de 50 tons de vermelho. Nós desmascaramos todo esse teatro!

O que explica o repentino rasgar das fantasias depois de tantos anos simulando uma falsa diversidade para que a mesma ideologia de esquerda imperasse por décadas no país é bem simples: DESESPERO! Foi o recurso que restou para tentarem impedir a libertação definitiva do Brasil.

Eles sabem que mais 4 anos de Jair Bolsonaro mostrará para os brasileiros que a prosperidade sempre foi possível. Que ficaram na lama esse tempo todo porque eram desprezados. É por isso que roubavam o seu dinheiro, porque nunca se importaram em como isso poderia te atingir!

Aqueles que promoveram o maior esquema de corrupção de nossa história sempre souberam que cada milhão a mais que roubaram para si, era um milhão a menos para atender as demandas e as necessidades do país. O sofrimento do povo sempre foi uma escolha consciente dessas pessoas!

Prova disso é que as estatais que antes eram saqueadas e davam prejuízos à nação, hoje dão lucros recordes que auxiliam no pagamento de programas de transferência de renda bem maiores. Sempre foi uma questão de escolha: nós escolhemos transformar o país, eles escolheram roubar.

Faziam isso porque achavam que jamais surgiria alguém com independência, coragem e disposição para livrar o povo desse inferno. Alguém que não desistiria do país nem depois de uma tentativa de assassinato, da maior crise sanitária do século e de uma guerra com impactos globais.

Como surgiu, agora apelam para uma suposta causa maior: defender a democracia. Mas como podem defender algo que se fundamenta justamente no que eles sempre desprezaram, que é o povo? É porque não é defesa da democracia, mas do sistema que construíram para se perpetuar no poder.

Eles perceberam que não são invencíveis como pensavam. Perceberam que nem todos se deixam seduzir por suas promessas falsas ou se curvam às suas chantagens. Eles não se uniram contra mim porque ameaço a democracia. Eles se uniram porque ameaço os seus esquemas e interesses!

E é um erro pensar que o alvo principal é Jair Bolsonaro. O sistema se uniu contra cada brasileiro que defende a família, a liberdade de expressão, o combate ao aborto e às drogas, a propriedade privada, o livre mercado e tudo aquilo que por em xeque a ilusão do socialismo.

Mas quem pensa que conseguirá tirar o povo novamente das decisões nacionais e retomar as velhas práticas que condenaram o país à miséria, não conhece a sua força. Se eles estão unidos para defender a si próprios, estamos ainda mais unidos com o povo para defender seus valores!

Quem insiste em falsas memórias do passado ainda não entendeu que vivemos numa nova era. Aqueles que desprezam o povo e seus valores que se acostumem com a falta de sossego. Deus não me deu uma nova vida em 06/09/2018 para ser um gestor, mas para mudar de vez o nosso Brasil!

Somente por esse prisma dá para compreender o ato constrangedor de Joaquim Barbosa, relator do mensalão, de declarar voto no comandante do esquema de corrupção que julgou e condenou. O mesmo vale para Celso de Mello, que chamou a tropa liderada por Lula de “quadrilha”, mas debandou para o lado do quadrilheiro.

Os tucanos estão todos pulando no colo do petista, para comprovar que o destino de todo tucano é descer do muro sempre do lado esquerdo. Para os tucanos, Lula é “centro moderado”, enquanto Bolsonaro é radical. Lula, no fundo, é corrupto e bajulador dos piores tiranos do planeta, um socialista que grava vídeo pedindo voto para Maduro, defende Ortega na Nicarágua, que persegue cristãos, e idolatra o assassino Fidel Castro. Esse é o “moderado de centro” para derrotar o “radical” de direita…

Devemos essa fundamental lição pedagógica ao atual presidente. Sua postura firme ao não se dobrar ao sistema vermelho fez com que todos os vermelhinhos fossem obrigados a sair de suas tocas confortáveis para assumir publicamente que apoiam um ladrão comunista. O teatro das tesouras chegou ao fim. Ninguém mais acredita que tucanos oferecem oposição real a petistas, que os dois representam divergências ideológicas profundas, ou que seu embate significa uma disputa entre direita e esquerda.

Eis o que Bolsonaro fez pelo Brasil, entre outras várias coisas boas: demonstrou que, até aqui, vivíamos numa hegemonia esquerdista que montou um sistema corrupto para se perpetuar no poder e impedir a participação popular e dos conservadores. Neste domingo o povo brasileiro poderá rechaçar esse projeto podre, dando mais quatro anos para a limpeza em curso.

 

 

 

 

Por Rodrigo Constantino, economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo. Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal.