Opinião – A causa

Voltando a falar da causa conservadora e da faísca que reacendeu sua chama, bastaram quatro anos para que vicejasse como que infinita, fato que os eternos descontentes insistem em desacreditar. Escreve Marcelo Portocarrero

04/01/2023 05:30

“Pior ambiente está na Internet, em que as ideias conservadoras foram abolidas”

Imagem ilustrativa. Reprodução/divulgação

Nossa causa é aquilo pelo que fazemos algo, a origem, o motivo e a razão de todas as lutas. Já o que a enfraquece é a desculpa, o pretexto e o relativismo com outras causas como o comunismo, socialismo e o bonde.

Sim, “o bonde”, como se identifica o grupo de bandidos armados que inferniza a vida de quem encontrar pela frente em suas jornadas de assaltos e outros crimes, simplesmente por saberem que o cidadão comum a eles está sujeito por força da lei, a mesma que mantem as ditaduras no poder.

O que acontece é que muitos confundem a causa com o personagem como vemos acontecer agora onde a causa conservadora é confundida com a pessoa, a faísca, que reacendeu sua chama. Da mesma forma, a causa do outro lado foi mantida e personalizada, o que para entender basta ser um bom observador.

Só para citar um exemplo, se de um lado a causa está focada na manutenção de princípios como o da família, instituição sagrada e unidade social mais antiga da humanidade, já do outro, a meta é sua dissolução como pré-condição para alcançar seu objetivo. Nela os princípios são contrários, ou seja, os filhos não são frutos dos pais, mas seus produtos; os cônjuges simples pares, posto que perdem seu significado divino porque a eles basta o caráter civil, material.

É o suficiente para tentar eliminar aquele outro conceito, tido como concepção retrógrada no entender de quem se alinha à causa coletivista segundo a qual a família passa a ser um núcleo social de pessoas unidas por laços afetivos, que geralmente compartilham o mesmo espaço e mantêm entre si uma relação solidária. (Dicionário Houaiss)

Para eles, o tradicional papel da família na transmissão de valores morais, sociais, tradições, costumes e mesmo conhecimento não se aplica mais, foi transferido aos professores e para o assistencialismo social onde o estado define os valores e conhecimentos que devem ser repassados, desde que estejam de acordo com sua orientação ideológica.

Mas o pior ambiente enfrentado está na Internet, âmbito em que as ideias conservadoras foram abolidas pela mídia jornalística e programas televisivos através dos quais difundem de forma sistêmica e programada somente as ideias progressistas.

Voltando a falar da causa conservadora e da faísca que reacendeu sua chama, bastaram quatro anos para que vicejasse como que infinita, fato que os eternos descontentes insistem em desacreditar, eu não.

Parafraseando o poeta Vinicius de Moraes nas duas últimas linhas de seu antológico Soneto de Fidelidade:

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinita enquanto dure.

 

 

 

 

 

Por Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.

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