A irreverência política do chefe do executivo municipal cuiabano, vem somando cada vez mais, uma frente de oposição capaz de inviabilizar qualquer projeto futuro dos seus membros atuais.
23/02/2023 05:25
VLT x BRT e intervenção na Saúde são os fatores que mais pesam contra a atual gestão
Na política, saber caminhar sem colecionar inimigos é, literalmente uma arte. As possibilidades de desgostos pessoais são contínuas. No entanto, o que separa uma coisa da outra é um oceano de sabedoria, estômago e psicologia, ao que daríamos o nome vulgar de “jogo de cintura”.
O embate entre o prefeito de Cuiabá e o governador do Estado é uma canseira já intragável pela população. De um lado um gestor reeleito à duras penas sob críticas de um passado que o assombra ad eternum. Do outro, uma reeleição com altíssimo índice de aprovação popular, recebendo assim, maior credibilidade no então conflito.
Ainda que o conflito girasse em torno de farpas ou desencontros na ótica política oposicionista. Mas, não! A coisa tomou proporções medonhas, respingando demasiadamente na população.
Dois eventos estão fazendo com que o gestor municipal venha desmoronando politicamente: O modal intermunicipal e a intervenção na Saúde da capital.
O primeiro evento, vem mostrando que a imaturidade política de um dos lados, não tem limites tal como, capacidade de defender o que seria motivo para tal postura contrária. Com isso, segue a cidade com cicatrizes desastrosas de um modelo de transporte público que, deveria ser exemplo de modernidade, se tornou símbolo da corrupção em nível nacional.
Já o segundo evento, este ainda mais catatônico, pois envolve a vida da população, está corroendo a imagem do prefeito como soda cáustica no ferrugem. As constantes revelações, ora de autoridades, ora de profissionais do setor, corrobora para uma ação mais sólida e efetiva que se avizinha (logo mais julgamento pelo TJMT de uma nova intervenção) a qual pode dar um verdadeiro “xeque-mate” na gestão como na vida política do prefeito de Cuiabá.
O que mais impressiona é a inércia dos que o cercam. Aparentemente, soa como avalistas do posicionamento suicida do chefe. Por outro lado, uma fidelidade canina: Se o rei for morto, os peões vão para a mesma caixa.
O executivo municipal da capital está prestes a receber um xeque-mate ainda hoje pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O cerco que se fechou em torno daquele polêmico político, envolve as mais diversas esferas que não tem titubeado em se manifestarem.
O resultado do julgamento sobre mais uma intervenção do Estado na Saúde da capital, irá definir de vez a hipertrofia da musculatura política de ambos oponentes.