Criatividade insuflada pela falta de “ferpa”, salários prometidos e não pagos (…) que batem à porta da gestão, são a saída e esperança. Escreve Chica Melo Monte.
02/08/2023 05:38
“As próximas incursões empresário-públicas do prefeito estão girando no campo da criação do betnenel”
Reprodução/divulgação
Você vai poder apostar em capivara na cabeça, no milhar do jacaré ou em dezenas do tuiuiú…Emanuel Pinheiro criou finalmente uma loteria para chamar de sua.
O novo “bicheiro” do Alencastro deve em breve desfilar na feira inacabada do porto de camisa florida, cordão de ouro grosso pendurado no pescoço, dentes cravejados de diamantes, chapéu panamá na cabeça e uma milicia de seguranças mal encarados, assumindo sua nova porção “Bicheiro do Pantanal”.
É cada uma viu…
O problema é que nem começou a operar, e a Loteria Municipal de Cuiabá já é alvo de suspeitas, mas uma para a interminável coleção que assombra a gestão do Prefeito da capital.
Segundo comentários nos bastidores, e divulgado pela imprensa, a empresa que deverá gerir a loteria cuiabana foi fundada em 1 de março deste ano, no Rio de Janeiro, e seria ligada a um “grande amigo” do prefeito Emanuel Pinheiro.
Como nada é trágico naquelas bandas, mais uma piada com cheiro de coisa ruim ronda os bastidores da tal loteria pantaneira, municipalizada em providente tempo pela tchurma que vislumbra arrecadações e incrementos em caixa, apostando nas boas fezinhas dos Cuiabanos.
As próximas incursões empresário-públicas do prefeito estão girando no campo da criação do betnenel, no lançamento da Igreja Pentecostal do Reino Pinheiros que garante terrenos no céu de frente para praia e aceita Pix e parcelamento em cartões e nos Pedágios Urbanos, programados para operar nas Avenidas da Prainha, Getúlio Vargas e Isaac Povoas, inovando o seguimento e criando o primeiro modelo municipal de cobrança para condutores.
Criatividade insuflada pela falta de “ferpa”, salários prometidos e não pagos e carestias inevitáveis que batem à porta da gestão, são a saída e esperança do inovador alcaide cuiabano que anda precisando tirar leite de todas as pedras que surgirem no seu caminho.
É só esperar para ver.
Por Francisca Carmélia Monteiro, a “Chica Melo Monte”, cuiabana, jornalista raiz, crítica, analítica e opinativa.