Opinião – O racismo antissemita de Lula saiu do armário: para a vergonha do Brasil

Lula achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo perante mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África. Escreve J.R. Guzzo.

20/02/2024 05:29

“Passaram a gritar, de forma cada vez mais histérica, contra “a morte de civis” em Gaza”

Presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula decidiu sair do armário de uma vez. Depois de passar meses se escondendo por trás de razões segundo ele “humanitárias” para atacar Israel e fazer louvores aos terroristas do Hamas, assumiu perante o mundo o que realmente é – um antissemita cada vez mais raivoso. Por fora, ele critica o “Estado de Israel” e o “sionismo”, e declara que só quer um país para os “palestinos”. Por dentro, e agora também por fora, ele é um racista extremado, que age, pensa e se orienta com base no ódio aos judeus.

Está longe de ser o único dentro da grande e moderna renascença do antissemitismo no Brasil e o mundo – produzida, agora, por uma esquerda que usa a “causa palestina” para botar para fora todo o seu recalque de sempre em relação aos judeus. Mas Lula também é o presidente do Brasil e não tem o direito de expor o país e os brasileiros à vergonha perante o mundo democrático. Antissemita é ele, não o Brasil. Teria de guardar os seus rancores para si mesmo.

Lula tem feito de tudo, desde o início da guerra de Gaza, para falsificar a verdade – e apresentar Israel o tempo todo como o agressor, num conflito em que foi claramente o agredido. Foi incapaz até agora de dizer que os israelenses sofreram um ataque terrorista selvagem por parte dos milicianos do Hamas, em outubro último; nem uma sílaba que fosse. Quando Israel reagiu ao assassinato em massa de 1.200 civis israelenses, extermínio de bebês de colo, estupros por atacado e sequestro de reféns, incluindo crianças, Lula e seu governo ficaram indignados.

Exigiam que Israel reagisse à agressão com uma proposta de cessar-fogo. Depois, passaram a gritar, de forma cada vez mais histérica, contra “a morte de civis” em Gaza. Logo estavam dizendo que era “genocídio”. No momento mais baixo de sua campanha antijudaica, se juntaram à África do Sul, um dos países mais violentos, corruptos e socialmente injustos do mundo, para apresentar uma denúncia contra Israel perante a Justiça internacional; foram escorraçados do tribunal, por apresentação de denúncia inepta.

Agora, em mais uma viagem no seu obsessivo programa de turismo diplomático com a mulher, Lula achou que estava na hora de oficializar o seu antissemitismo perante mais uma plateia de ditaduras subdesenvolvidas da África. Disse que os judeus estão agindo como nazistas: “só Hitler”, nas suas palavras textuais, fez o que Israel está fazendo em Gaza. Falou em “30.000” palestinos mortos, uma cifra que sai diretamente do departamento de propaganda do Hamas. Repetiu de novo a acusação explícita de que Israel está cometendo “genocídio”.

Não se trata, nisso tudo, de mais um caso de ignorância mal-intencionada, uma das maiores especialidades da ação política de Lula. É má fé, mesmo – como comparar um programa oficial e sistemático de extermínio de vidas humanas que fez 6 milhões de mortes, todos eles civis inocentes, como foi o caso de Hitler, com uma operação militar de defesa por parte de Israel? É uma tragédia, sem dúvida, que inocentes estejam morrendo na Faixa de Gaza, resultado inevitável de qualquer guerra – e no caso, uma guerra que foi provocada diretamente pelos terroristas. Mas Lula não está interessado em nada disso. Achou que estava na hora de exibir seu racismo antissemita porque imagina, agora, que pode tirar proveito disso – na crença imoral de que “brasileiro não gosta de judeu”. Está conseguindo ser irresponsável e oportunista ao mesmo tempo.

 

 

 

 

Por J.R. Guzzo, é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja, em 1968. Foi correspondente em Paris e Nova York, cobriu a guerra do Vietnã e esteve na visita pioneira do presidente Richard Nixon à China, em 1972. Foi diretor de redação de Veja durante quinze anos, a partir de 1976, período em que a circulação da revista passou de 175.000 exemplares semanais para mais de 900.000. Nos últimos anos trabalhou como colunista em Veja e Exame.

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