Opinião – Filho da democracia violentada, o verdadeiro monstro é Lula

A pior parte: aquela que não hesita em se perder e em destruir a si mesmo em troca da ilusão demoníaca de estar conquistando o mundo inteiro. Escreve Paulo Polzonoff Jr.

20/06/2024 05:45

“líder de 200 milhões de brasileiros, num processo que teve a influência nefasta de outra lixarada”

Foto: EFE/ Andre Borges

Acredito na redenção. Acredito que até criminosos são capazes de se arrependerem. Por experiência própria, acredito na conversão. Mas ao ver duas falas recentes de Lula sobre o aborto, duas falas desse ser abjeto, esse canalha, esse monstro que só a muito custo chamo de “humano”, percebo quão débil ainda é a minha crença na redenção, no arrependimento e na conversão.

Numa entrevista recente, o degenerado que preside o Brasil disse, primeiro, que os bebês que nascem de estupros são monstros. Depois, ao se referir ao autor do PL 1.904, que trata o aborto de uma bebê de 22 semanas pelo que ele é, assassinato, Lula sugeriu que, se a filha do deputado Sóstenes Cavalcante fosse estuprada, ele seria a favor do procedimento homicida.

A canalhice retórica é evidente, mas se fosse apenas isso não seria nenhuma novidade. Lula é e sempre foi um vertedouro de asneiras. A diferença, neste caso, é que a asneira denuncia uma visão de mundo que vai muito além do esquerdismo, do marxismo, do progressismo ou de qualquer outra caixinha em que você queira incluir Lula e sua legião. Desta vez Lula mostra que, por inspiração do tinhoso, odeia a Criação e rejeita qualquer noção de amor que vá além daquilo que lhe ensinaram os súcubos consequencialistas.

Não, Lula. Não, lulistas que me leem e que em breve correrão para a caixa de comentários deste texto, usando pseudônimos ridículos porque, afinal, faz parte da cartilha diabólica abdicar da sua identidade única e divina e se manifestar por meio de imposturas. Não: bebês que nascem de estupros não são monstros. São bebês. São vida. São bem. São amor em potencial. “Onde não há amor, coloca amor e encontrarás amor”, diz São João da Cruz. Muito mais do que uma frase de agenda de adolescente, essa é uma verdade incrustrada em nosso coração. Isto é, para quem ainda tem um.

Legião aborteira

Lixo. Um homem que acumula dentro de si tudo o que as ideologias macabras têm de pior e que, graças a essa capacidade de absorver o que há de pior no ser humano, preside o Brasil pela terceira vez. Um lixo que acredita que o homem é meramente o lobo do homem. Um lixo que acredita, veja só!, um bilionário qualquer pretende colonizar Marte para ficar longe dos trabalhadores. Um lixo que se chama um bebê recém-saído do ventre materno de “monstro”. Que tipo de mente corrompida é capaz de dizer uma coisa dessas, meu Deus? – pergunto para o apartamento vazio e logo respondo: Lula. Lula que chafurda nos excrementos ideológicos do chiqueiro palaciano em que vive. Será que se dá conta, o pobre-diabo?

Mais do que isso, será que se dá conta de que, a despeito da maldade que nos rodeia e que se manifesta por meio de gritos histéricos de jornalistas-aborteiras que chegam até a chorar – a chorar! – pela vontade de matar um bebê, ainda há no mundo quem pratique o amor, o sacrifício, a abnegação de ou criar uma criança que seja fruto de uma violência ou então entregar essa vida, esse bem, esse amor em potencial a uma família que dele há de cuidar da melhor maneira possível? Que pergunta estúpida, a minha. Claro que não!

Lula e sua legião aborteira só querem saber de festa & prazer, de alegria, de dinheiro, de cosquinha nos genitais, de soluções fáceis para problemas complexos, de trocas de favores, de perversidades justificadas com o carimbo do Ministério da Saúde. Correndo o risco de soar repetitivo, repito: para essa laia, a ideia de uma vida de sacrifício está fora de cogitação. A Cruz, aquela que a gente aprende que tem que carregar, é tratada por essa gente com escárnio. Afinal, o diabo lhes promete mais: vida mansa, poder e até imortalidade – tudo sem o peso da madeira sobre os ombros.

Para finalizar, digo que não é à toa que Lula “Lixo” da Silva tenha sido feito líder de 200 milhões de brasileiros, num processo que teve a influência nefasta de outra lixarada, desde os tecnocratas e burocratas embriagados com a própria “astúcia” até milhões de anônimos que consagram suas vidas à ideia idiótica de prazer. Nisso, aliás, Lula tem razão quando disse recentemente que “não acaba” porque representa as aspirações de parte do povo brasileiro. A pior parte: aquela que não hesita em se perder e em destruir a si mesmo em troca da ilusão demoníaca de estar conquistando o mundo inteiro.

 

 

 

 

Por Paulo Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor.

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